Três perguntas para… |Rodrigo Pisco Claro

Um aluno do 12º ano

- Como te vês a ti e ao mundo daqui a quatro anos?

Daqui a quatro anos, espero ver progresso – tanto na minha vida pessoal e académica, como no estado do mundo.
Quanto a mim, tenho a intenção de estar a começar o terceiro ano do curso de Medicina, no Porto. Julgo que, com todas as experiências que a vida universitária, o facto de estar longe de casa e o contacto com pacientes do hospital me presentearão, terei crescido imenso enquanto pessoa. Terei estudado sebentas infindáveis, serei mais resiliente e trabalhador, e, inevitavelmente, tornar-me-ei mais independente. Espero, contudo, que este amadurecimento também se reflita nas minhas relações interpessoais. Almejo ser mais paciente, compassivo e altruísta, fazendo das pessoas que amo uma prioridade na minha vida.
Já no que toca ao mundo, desejo ver alterações significativas no rumo que a humanidade toma. As alterações climáticas, as guerras ressurgentes e aparentemente inacabáveis, a crise na habitação e a perda de poder de compra são realidades desditosas que enfrentamos presentemente. Tenho esperança que as novas gerações, impetuosas e reivindicativas, trabalhem arduamente no sentido de pôr fim - ou pelo menos atenuar - estes problemas.

- O que mais desejas que a tua escola conquiste?

Desejo que a minha escola se torne um espaço mais apelativo para os seus alunos, procurando envolvê-los em atividades e motivá-los para que se tornem ativos na comunidade escolar.
Ao longo do meu percurso académico, sempre procurei participar em todos os projetos com os quais me fui deparando, e considero que o facto de ter adotado esta postura contribui largamente para me sentir feliz na escola. Estas atividades, além de terem contribuído para a aquisição de conhecimentos, o desenvolvimento de competências, e minha própria realização pessoal, proporcionaram-me algo único - conhecer as pessoas que fazem a escola.
O facto de ter criado laços com essas pessoas, sejam elas alunos, professores, ou não-docentes, fez-me perceber que a escola vai muito além de um edifício onde aprendemos. A escola é feita de pessoas e de vivências, e esta perspetiva tem-me feito sentir acolhido e verdadeiramente feliz na escola.
Espero que o agrupamento tente, a todos os custos, fazer os alunos perceber o quão gratificante e enriquecedor é participar em clubes, olimpíadas, órgãos de estudantes e muitos outros projetos, a fim de conceber uma escola na qual os alunos são verdadeiramente felizes.


- O que consideras ser mais difícil na escola, neste momento?

Considero que o mais desafiante na escola, ao longo do meu percurso no secundário, tem sido conciliar os estudos com a minha vida pessoal e com atividades extracurriculares.
Não obstante ser extremamente organizado com o meu tempo, concluo que, inevitavelmente, tenho que sacrificar determinadas vertentes da minha vida para conseguir alcançar os resultados académicos que pretendo. Com o começo do ensino secundário, vi-me obrigado a abandonar o atletismo, um desporto que, além de contribuir para um estilo de vida saudável, adorava fazer. No 11º ano, raramente tinha tempo para estar com os meus amigos, ou sequer falar com eles através da internet. Ainda que, felizmente, tenha conseguido alcançar todas as minhas metas, não sacrificando a minha saúde mental, sinto que, se a nossa carga horária não fosse tão pesada, teria tido um percurso muito mais rico. Teria tido a oportunidade de explorar o vasto leque de atividades e projetos que o nosso agrupamento oferece de forma mais aprofundada, levando comigo memórias alegres, aprendizagens ímpares e experiências singulares.

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