Alice Marques


São dez as alunas finalistas do Curso Profissional de Técnico Auxiliar de Saúde. Apesar de, para a maioria delas, não ter sido a primeira escolha, adaptaram-se, fizeram já dois estágios e reconhecem a sua importância no currículo. Em geral, consideram o curso muito bom, mas para quase todas é um ponto de partida, não de chegada.
Lúcia estava em Humanidades, na escola Loureiro Botas, mas “andava muito baralhada”. E ainda está um pouco. “Para quem gosta de cuidar de pessoas, este curso é muito bom”, disse ao P&V. Por isso esteve à vontade nos estágios. Mas ela quer prosseguir estudos, em dietética e nutrição, e vai tentar já este ano entrar para o IPL.
Islane queria estudar Contabilidade, mas o curso não abriu por falta de alunos. Apesar disso, empenhou-se neste curso, “que é muito bom para quem quer trabalhar ou seguir estudos nesta área”. Trabalhou a cuidar de idosos nos dois estágios; não se sentia totalmente preparada, mas saiu deles com muitas mais competências, que aliás vai desperdiçar, pois pretende procurar trabalho numa fábrica.
Luana queria ir para Ciências e Tecnologias, mas prudentemente acabou num curso profissional, sendo este a sua primeira escolha nesta via. Depois de um estágio a cuidar de meninos num infantário e outro na Clinigrande, na área da fisioterapia, e tendo realmente gostado deste segundo, o seu objetivo é agora entrar num TESP no IPL e, a médio prazo, tornar-se enfermeira.


Sandrina é uma das duas alunas para quem este curso foi a 1ª opção. Considera ter sido muito bem esclarecida sobre o que ia ser o curso, considera –o bom e reconhece que é no estágio que se aprende a lidar com as pessoas. Estagiou num lar de idosos e num infantário. Com três irmãos mais novos, foi mais fácil este segundo, apesar de, como disse, “ser preciso alguma força mental”. Mas sente que a sua vocação é cuidar de animais, por isso talvez prossiga estudos na área de enfermagem veterinária.
No momento de optar, Rute estava indecisa entre a cozinha e a saúde. Mas o facto de ter uma irmã enfermeira ajudou-a decidir. E não se arrepende. Acha que o curso prepara muito bem os alunos. Passou por um infantário e um centro de dia, tendo integrado uma equipa de apoio domiciliário, o que a ajudou a decidir o futuro a curto prazo: trabalhar no apoio domiciliário.
Brígida queria fazer vitrinismo, mas também por falta de alunos o curso não abriu. Sente-se um pouco frustrada neste curso, porque é muito diferente do que pretendia. Contudo, fez os estágios que lhe competiam, num infantário e numa clínica, e, apesar dos percalços, não desgostou e até está a pensar em candidatar-se já este ano a um curso superior, de enfermagem ou desporto.
Dúnia queria fazer Ciências e Tecnologias mas tinham dúvidas sobre as suas capacidades a matemática. Ficou neste curso profissional, mas ainda acha que, para quem quer prosseguir estudos, o ensino regular prepara melhor. Pensava, contudo, prosseguir para desporto e saúde, mas por causa do seu joelho, talvez opte por fisioterapia, área que experimentou no estágio na Clinigrande. No lar de idosos, sentiu-se preparada para as tarefas que teve de desempenhar, embora tenha havido atividades “em que tivemos (ela e a colega) de nos desenrascar sozinhas”.
Patrícia escolheu este curso em primeiro lugar e, embora tivesse outras expetativas, “por falta de informação clara no 9º ano”, gosta razoavelmente. Tendo feito os dois estágios com idosos já decidiu que vai candidatar-se a um TESP em gerontologia. Depois disso… se verá!
Ana ainda esteve 2 semanas num 10º ano de Ciências e Tecnologias, mas não conseguiu integrar-se. Mudou para o curso profissional e rapidamente se integrou na turma e se adaptou às disciplinas. Fez par com a Patrícia nos estágios e, tal como ela, pretende fazer um TESP em gerontologia e depois… talvez enfermagem.
Viviana também tinha escolhido Ciências e Tecnologias e ainda frequentou um período letivo. Mas “as disciplinas eram muito difíceis”. Percebendo que não conseguiria ter grandes notas, mudou para o curso profissional. O curso “não é bem o que esperava”, mas ela não sabe muito bem porquê. Fez estágio numa clínica e num infantário. Aqui sentiu-se “injustamente avaliada” e acha que não teve apoio das funcionárias, que esperavam que ela “fizesse tudo bem logo à primeira”. Um TESP em gerontologia é seu objetivo após finalizar este curso. Depois…prosseguir estudos na área da saúde.
Um fator tem sido determinante para a satisfação com que têm feito o curso: “os professores da área técnica são muito bons” - disseram em coro!

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