Textos e Afins | Tomás Vicente


O Diretor Júnior constitui o 3º e último órgão da escola formado por alunos, neste caso, apenas um, sendo os outros dois a Assembleia de Delegados de Turma, constituída pelos delegados de cada turma e, finalmente, a Associação de Estudantes, constituída por uma lista que concorre a este cargo. Contudo, não é sobre isso que vou escrever hoje. Venho contar-vos o que fiz até à eleição do Diretor Júnior! Primeiramente: é preciso vontade! Têm de ter vontade de querer mudar algo, de fazer algo pela escola e os seus alunos! A partir daí tudo se desenrola. Soube na terça feira, dia 29 de outubro, através de um comunicado, que as candidaturas seriam aceites entre os dias 28 a 31 de outubro. Foi com a leitura desse comunicado que me apercebi que tinha mais apoio de outras pessoas, para além do pequeno grupo de pessoas que me questionava e me motivava para me candidatar a Diretor Júnior. “Vicente, vais-te candidatar, não é?” perguntou-me uma colega que se sentava atrás de mim, “Ó parceira, não sabes que sim?” respondeu-lhe outra colega que se senta ao lado da primeira. Com isto, tinha de me candidatar, tinha a certeza de que era capaz de assumir tal cargo! Passei essa terça feira e quarta feira a questionar as pessoas sobre o que achavam que devia mudar na escola e, na quarta feira à noite, comecei a elaborar a candidatura, conjugando as minhas ideias com as vontades dos alunos. Mas como se escreve uma candidatura a Diretor Júnior? Fui ao site da escola procurar a estrutura que a candidatura devia ter, mas nada, só tinha lá informações relativas à formatação do texto e conteúdos a referir na candidatura. Com isto tive de pesquisar online e depois de algum tempo encontrei um modelo de uma candidatura a um cargo numa empresa, deve funcionar! Escrevi então a candidatura nessa quarta feira à noite e dei depois ainda uns retoques na quinta feira à tarde, dando uso à minha tarde livre. Revi a candidatura, procurei opiniões e depois de uma demorada luta com a impressora e computador da Mediateca, imprimi a candidatura! Pu-la numa mica e entreguei a candidatura na secretaria. Lá perguntei quantas candidaturas tinham sido entregues e soube que a minha era a terceira, como eu já contava. Na segunda feira seguinte recebi uma chamada. “Mas quem poderia ser?” questionei-me eu, tinha de ser algo importante. E assim foi, era a professora Fátima Carvalho, a presidente do Conselho Geral a informar-me que a minha candidatura tinha sido admitida e que tinha no dia seguinte uma entrevista. Nessa entrevista fui questionado sobre tudo: porque me tinha candidatado, o que pretendia fazer caso fosse eleito e como o iria fazer. Senti, sem dúvida, que tinha desenvolvido bem todas as minhas ideias, tinha tudo do meu lado para ser eu o eleito. Na quinta feira dessa mesma semana, reuniu-se o Conselho Geral, onde estiveram presentes todos os membros, para eleger o Diretor Júnior deste ano letivo. Eleição renhida, pelo que soube mais tarde, mas mesmo assim, no dia 11 de novembro, a segunda feira da semana seguinte, pude celebrar, tinha sido eu o eleito! Rapidamente, não fui só felicitado pela minha eleição, mas também interpelado para marcar reuniões para começar a trabalhar. Dia 21 de novembro, quinta feira, pelas 12 horas, tomei posse e revelei as linhas gerais do meu mandato. Em primeiro lugar, vou expor aos alunos todas as decisões tomadas pelas estruturas educativas e que afetam o seu percurso na escolaridade obrigatória. Os alunos merecem saber o que é decidido em reuniões em que se definem estratégias de atuação e essa informação deve estar facilmente acessível! Procurarei também expor os talentos dos alunos. Existem, sem dúvida, muitos talentos que são expostos e ainda bem que assim é, no entanto existem alguns por revelar. Por fim, mas não menos importante, procurarei arranjar formas de preparar os alunos para a vida fora da escola, prepará-los para o que vem aí quando acabarem o 12º ano, quando se tornarem membros ativos da sociedade! Em resumo, este último mês foi incrível, desde a candidatura até à tomada de posse! Espero que conseguir realizar tudo o que pretendo e, para isso, vou enveredar todos os meus esforços!

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