Oriana Medina
Raro o tempo
O calor sobre o frio
Não há folhas no chão
E não sinto o comum arrepio
Estações confusas observam
Mas o outono não está
Batem á porta sem paciência
Mas ela não abrirá
“Onde está o outono?”
Perguntam sem cessar
“Só eu estou aqui dentro!”
O verão a gritar
Se viram ao som das folhas
O outono num canto
Lágrimas nos olhos
Tapado por um vermelho manto
“A porta está perra
Não sou capaz de entrar
Como o tempo se atrasa
Parece que este ano não irei chegar”
“Quem faria tal coisa?”
“Os humanos, sem querer,
Estragam aqui as coisas
E fazem o mundo adoecer.”
O verão grita
A primeira socorre
As estações choram
Enquanto o mundo morre