Inês Duque

“Mãos de Jazz”
Nesta edição irei escrever sobre um estilo de dança mais livre e mais popular nos dias de hoje. Surgido no século XX, nos EUA nasceu o Jazz.
Tem raízes essencialmente populares e nasceu diretamente na cultura negra. Segundo a história, os negros que não se encontravam cansados/doentes eram obrigados a dançar para manter a sua saúde. Nessa altura, os estilos de dança preferidos pelos senhores brancos eram: a polca, as valsas e as quadrilhas, sendo que, os negros tentavam imitá-los acabando por ridicularizá-los, no entanto, dançavam de acordo com as danças que conheciam, utilizando os instrumentos da época. E assim nasceu o Jazz.
Uma imitação dos ritmos europeus com os costumes e ritmos negros.
No séc. XX, o Jazz era considerado um movimento próprio de escravos negros e, também, refletia influências de inúmeras índoles (caráteres). Começaram a criar músicas no trabalho, que cantavam em coro sempre regidos por um mestre – objetivo: manifestação contra os brancos.
Paralelamente a isso, havia uma parte da população negra quem utilizava a dança simplesmente para se divertir ou até mesmo como movimento religioso. Apesar de todo esse amor pela dança, os negros tinham de dançar em lugares escondidos da população. Só depois do começo do movimento protestante contra o cristianismo é que tiveram recursos para expandir os seus costumes e cultura. Embora os negros tenham criado o Jazz, os primeiros a dançá-lo em espaços abertos foram os brancos (que se pintavam para parodiar, dançar, cantar e como tais).
Após um acordo firmado por Abraham Lincoln, a comunidade negra passou a ter liberdade de dançar em espaços abertos e públicos, o que deu uma reviravolta na comédia musical (os primeiros passos a que nós chamamos de jazz).
A dança negra começou a adaptar-se a características técnicas conhecidas, derivadas de bailes africanos. A década seguinte foi marcada pela busca de raízes verdadeiras de um povo escravizado que conseguiu transformar uma rica bagagem cultural pouco conhecida em dança negra.
A partir de Katherine Dunham*, a dança negra converteu-se em algo muito mais livre, que se baseava na improvisação individual e numa maior expressividade, criando assim, um estilo revolucionário, acabando por se designar de “Modern Jazz Dance”.

“Modern Jazz Dance”
Baseia-se numa manifestação corporal (acompanhada por música) que se marca:
-pela polirritmia (quando o corpo acompanha vários ritmos simultaneamente), movimentos sincopados (quando existe um rompimento de movimentos, que já se encontram interiorizados, estabelecendo-se assim com outros padrões de movimentos) e pelo swing (batida menos acentuada).
A influência que a música jazz tem sobre este estilo de dança é bastante intensa. Ainda assim, a sua prática não necessita de ser acompanhada desse estilo de musical o que lhe permite ter liberdade na escolha musical.
Katherine Dunham (biografia)
Profissões: Bailarina, Coreógrafa e Antropóloga.
Família: O seu pai era africano e americano e a sua mãe era francesa e canadiana. Teve 2 casamentos, o primeiro com John Pratt (com o qual teve uma filha Marie-Christine Pratt) e o segundo com Jordi McCoo.
Nascimento/Falecimento: Nasceu em 22 de Junho de 1909, em Chicago. Faleceu, com 97 anos, no dia 21 de maio de 200

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