Os pontos e vírgulas da Educação Inclusiva |Alda Santos

Multideficiência: Definições, causas e tipos...
A multideficiência acontece quando, na mesma pessoa, se podem encontrar mais do que uma deficiência, mas é sempre mais do que a mera combinação ou associação de deficiências.
Normalmente resulta da associação de uma deficiência mental severa, com uma ou mais deficiências sensoriais ou motoras e/ou necessidades de saúde especiais (Overlove & Sobsey, 1991). Já para Snell, 1978, “são todos os indivíduos com deficiência mental moderada e profunda que têm pelo menos mais uma deficiência” (pode ser auditiva, visual, alguma paralisia). É importante referir que a multideficiência é sempre mais que a mera associação de deficiências (podem ou não estar relacionadas, tal como pode, ou não, existir uma prevalente sobre a outra), constituindo um grupo muito heterogéneo entre si, apesar de apresentar características específicas/particulares. As causas de multideficiência podem ser variados: cromossomopatia: quadros malformativos, alterações físicas, malformações orgânicas graves, deficiências sensoriais, atrasos mentais e atrasos psicomotores; síndromes malformativos múltiplos: síndrome dimetabólicos, deformidades, malformações orgânicas, displasias ou síndromes displásicos, síndromes polimalformativos com alterações oculares e sequências; rubéola congénita: malformações primárias e malformações secundárias; patologia da hipófise e da tiroide; síndrome de sofrimento do recém-nascido. Os tipos de deficiências associadas resultam da combinação de défices sensoriais, físicos e psíquicos, uns entre os outros e entre si, sendo a surdez e cegueira, a combinação mais característica da multideficiência. A inclusão da pessoa multideficiente no sistema regular de ensino representa, frequentemente, um desafio para os educadores que intervêm junto delas. Um dos problemas com que nós, profissionais de educação, nos confrontamos quando nos deparamos com crianças com NEE na sala de aula é, para além da necessidade de nos inteirarmos da problemática específica de cada caso, que tipo de atividades lhe poderemos proporcionar, por forma a desenvolver o seu potencial de forma inclusiva e integradora. Nesse sentido, é essencial adequar estratégias para promover o desenvolvimento integral do aluno deficiente. As estratégias a implementar pretendem potenciar e desenvolver a socialização, a comunicação, a autonomia, a estimulação sensorial, a motricidade e a cognição.

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