Para o ano de 2021 não tenho desejos concretos. Tendo em conta, tudo o que passámos no ano de 2020, prefiro não desejar nada de especial. Bernardo Soares, um dos heterónimos de Fernando Pessoa disse no Livro do Desassossego “Vivo sempre no presente. O futuro não conheço”. Revejo-me nestas palavras, o futuro é construído no presente. E no presente há esperança e otimismo e é assim que me quero sentir. Relativamente à educação Especial, o meu otimismo é mais moderado. Ainda há muito a fazer. Gostaria que no próximo ano, a Educação Especial fosse efetivamente reconhecida, assim como o trabalho dos professores. Que existisse por parte da comunidade educativa, uma maior sensibilização para as questões da inclusão, assim como uma reflexão sobre os princípios da educação inclusiva. Segundo a UNESCO (1997) “(...) o princípio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter. Escolas inclusivas devem reconhecer e responder às necessidades diversas de seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos através de um currículo apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de recurso e parceria com as comunidades” É este o meu desejo, que a construção de uma escola inclusiva seja feita todos os dias e, que no ano de 2021, possamos acrescentar mais alguns degraus nesse reconhecimento.

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