Alunos da disciplina de direito


A violência doméstica é qualquer acção ou omissão de natureza criminal, entre pessoas que residam no mesmo espaço doméstico ou, não residindo, sejam ex-cônjuges, ex-companheiro/a, ex-namorado/a, progenitor de descendente comum, ascendente ou descendente, e que inflija sofrimentos: Físicos, Sexuais, Psicológicos, Económicos.
Foi partindo deste conceito que pudemos construir duas histórias: a dos namorados Roberto e Mariana e a do casal, Paulo e Eliane, que depois de 20 anos de casamento se separa. Cada uma delas serviu para os alunos das duas turmas de Direito do 12º ano da Escola Calazans Duarte refletirem sobre os contornos do crime de violência doméstica, sobre o medo, sobre a vergonha, sobre o preconceito, sobre os mitos que ainda existem, e até sobre o racismo.


O primeiro caso apresenta a namorada como agressora e o rapaz como vítima de violência; o segundo, subiu de tom e traduziu-se numa tentativa de homicídio com arma de fogo entre ex-cônjuges.
Ambos acabaram num processo judicial em que os alunos foram atores num cenário real com magistrados reais que julgaram com generosidade os processos construídos pelos alunos dentro e fora da sala de aula. É deles a palavra e o testemunho.
“Uma boa experiência”- J Franquinho 12ºI (testemunha)
“Gostei de representar”- Nicole 12º H (vítima)
“Preparou-me para o futuro”- Maria Dengucho (advogada)
“Deu para ter um contacto com uma realidade que no futuro muitos de nós podemos experienciar.”- Tomás Freire 12º H (advogado)
“Eu gostei muito e entendi o que um advogado faz. Vi como é difícil defender alguém que praticou um crime.”- João Fadul 12º H (arguido)
“Senti-me nervosa.”- Sara 12º I(testemunha)
“Adorei a experiência e tive a oportunidade de ver de outra perspetiva o que é um julgamento em tribunal, ainda que encenado. Foi uma experiência única que me fez aprender muito sobre o que está por detrás de um acontecimento grave, o procedimento para resolver o conflito e as opiniões contrárias sobre o mesmo caso.”- Sofia Silvestre, 12º F, Presidente da Associação de Estudantes da ESEACD - 12º F (advogada)
No fim, como em tudo na vida, esgrimiram-se as opiniões opostas de quem acusa e de quem defende, ganhou-se e perdeu-se, mas fez-se justiça!

 

 

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