Rafael Machado

Desde os primórdios da humanidade que as pessoas têm rotinas; todavia, desde o último século, estas têm vindo a tornar-se cada vez mais ameaçadoras perante a capacidade de sonhar e amar dos seres humanos. É nesse aspeto que a literatura se destaca, como uma arte da preservação dos sentimentos.
Uma das razões por detrás deste meu ponto de vista é o facto de eu considerar a literatura uma arte inspiradora. A leitura de um livro deixa qualquer pessoa com um novo conjunto de ideias, o que se pode revelar crucial para suscitar a mudança na sua vida, levando-a a quebrar a rotina e realizar algo que nunca pensou ter coragem para fazer. Imagina assim uma pessoas que leu a biografia de um grande homem, que, contra tudo e todos, foi capaz de realizar um sonho de infância. Esse tipo de história leva qualquer pessoa a tentar encontrar o que está errado na sua vida e perseguir o seu próprio sonho!
Porém, a maior razão que me leva a ter a literatura em tão alta consideração é o facto de fazer um retrato fiel da mais importante característica humana: a capacidade de “sentir”. Seja amor materno, paixão, amizade, a literatura foi sempre capaz de fielmente representar e guardar esta informação para as gerações futuras e nelas “despertar” estes sentimentos. Nos dias de hoje, por exemplo, muitas pessoas sentem-se incapazes de escapar às suas rotinas; porém, histórias de amor como as de casais que ultrapassaram todo o tipo de dificuldades fazem-nas recordar o mais importante: as relações que estabelecemos.
Em suma, acredito que a literatura é uma importante ferramenta e o seu papel como “nota mental” do que significa ser humano é algo que perdurará para toda a eternidade.

 

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