André Silva


Na sociedade em que vivemos, o individualismo e o egocentrismo são cada vez mais proeminentes. Mas serão os interesses individuais mais importantes que a luta pelo bem comum?
Existe, atualmente, uma enorme discrepância entre o que é moral e imoral, e muitos acreditam que aqueles que se preocupam consigo próprios são egocêntricos e cínicos. No entanto, essas pessoas vivem apenas segundo um lema: "Se eu não gostar de mim, quem o fará?", levando, muitas vezes, a que esses indivíduos sejam vistos como seres interesseiros e materialistas, pois não olham a meios, a fim de alcançar os seus objetivos.
Tomemos como exemplo o caso de um ciclista de alta competição, que ambiciona vencer o mais galardoado prémio do mundo do ciclismo. Não olhando a meios para o vencer, este ciclista decide focar-se apenas em treinar para a corrida. Ora, ao estar a fazer esta prática comum de treino, poderá ser criticado, pois só está a pensar em si e na fama após vencer a corrida, desvalorizando o trabalho dos seus oponentes.
Por outro lado, a conquista de uma vida melhor pode não só ser criticada, como pode, de facto, ter influência na vida de muitas outras pessoas sendo que, como forma de conseguir o que querem muitas pessoas, podem colocar em risco a qualidade de vida dos seus conterrâneos, de forma a melhorar a sua.
Na política, por exemplo, não é segredo nenhum que os membros do Parlamento trabalham para poder viver as suas vidas normais; no entanto, esquecem-se que o seu trabalho deveria ser honesto, cujo foco será a qualidade de vida dos cidadãos portugueses, mas são mais os corruptos que os honestos a trabalhar, acabando por converter os honestos em corruptos, colocando em primeiro lugar os seus interesses pessoais e não os dos cidadãos.
Em suma, a luta pelo bem comum está longe de vitoriosa, uma vez que o individualismo e os interesses pessoais estão a aumentar gradualmente, não permitindo que vivamos numa sociedade justa, moral e igual.

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