Perspetivas | BD, EV, MD, MC, RM

Bruna Domingues, Eduardo Vieira, Mafalda Duarte, Maria Coutinho, Ricardo Mota

Rotina antiga vs rotina pandémica
A 2 de março de 2020, em Portugal, registou-se o primeiro caso de infeção pelo novo coronavírus. Um vírus que apareceu pela primeira vez na China e que antes de chegar a Portugal já assombrava muitos outros países. A certo ponto, já todos sabíamos que esta nova realidade iria alterar por completo a sociedade e o seu quotidiano. Na vida pré-covid acordávamos, tomávamos o pequeno-almoço e, enquanto muitos iam à escola, outros iam trabalhar. Ao final do dia, uns iam treinar, outros a lojas, podíamos fazer o que quiséssemos. De facto, realizávamos diversas tarefas ao longo do dia. Relativamente à realidade atual, tínhamos bastante liberdade. Com o agravar da situação no nosso país e no mundo, esta nossa rotina sofreu também várias transformações. Agora, se queremos sair de casa, temos de levar uma máscara para, não só nos protegermos a nós, mas também para protegermos os outros. Já não existe a liberdade que antigamente existia: De poder abraçar quem gostamos; cumprimentar quem queremos; sairmos de casa descontraídos…. É deveras importante mencionar que já não somos livres como antigamente. Este é o tempo de nos reinventarmos, é essencial que nesta fase mudemos a nossa visão do mundo e inovemos no nosso dia-a-dia. É verdade que com o isolamento permanecemos muito tempo em casa, mais do que gostaríamos. Mas, se nos esforçarmos, podemos tornar esse tempo bastante produtivo e precioso. Exemplificando, podemos aprender a tocar um instrumento, tentar pintar um quadro, escrever um texto com tudo o que nos vier á cabeça… As possibilidades são ilimitadas, permitem-nos aumentar o nosso conhecimento e tornar os nossos dias mais interessantes e produtivos. Tudo isto, leva-nos a fazer várias reflexões: Rotinas, que outrora eram bastante monótonas e maquinizadas, ultimamente, têm-se tornado inconstantes e incertas. Noutra perspetiva, há sempre o medo de reentrar na monotonia e aborrecimento de uma quarentena. Acordar, vestir, tomar o pequeno-almoço, uma rotina aparentemente usual, mas que muda drasticamente ao deixarmos o nosso conforto e sermos confrontados com o Mundo Exterior. Chegada à rua, deparamo-nos com a nova realidade, a diferença do antigamente para os dias de agora, o choque constante e diário. Olhos postos com a realidade, imensas pessoas de máscara, a incessante preocupação com o distanciamento, a fuga da multidão. De volta à escola, o início de mais um dia, mais uma nova mudança, outra nova realidade a enfrentar. O afastamento dos amigos mais próximos, dos professores mais chegados e sobretudo a saudade do afeto e da partilha. O frequente sentimento de aprisionamento e contraindicação de como devemos viver, algo contra a natureza sociável e efusiva dos jovens… Mas é a realidade que vivemos e é importante para proteger quem nos é próximo e querido. De regresso a casa, o cansaço que nos acompanha e a tristeza da atualidade presenciada, mas o alívio de ter quem connosco vive presente e de boa-saúde. Ultimamente damos mais valor a tudo, à vida, à saúde, ao carinho e sobretudo à presença. Assim, apesar da vontade de libertação da rotina pandémica e de todos os sentimentos melancólicos que tanto sofremos, é importante respeitar e executá-la conforme as regras impostas. Não basta só dizer “Vai ficar tudo bem!”, se não fizermos para tal. Não basta só pensarmos em nós próprios, mas também no bem da comunidade. Por fim, o aparecimento deste novo vírus veio mudar a nossa rotina por completo. O nosso quotidiano, atualmente, é incerto e inconstante. Mas, se nos esforçarmos, podemos fazer dele algo produtivo e precioso para cada um de nós.

Fonte foto Rotina Antiga vs Rotina Pandémica

https://www.sesimbra.pt/cmsesimbra/uploads/event/image/4590/covid_medo_angustia_webinar.jpg?fbclid=IwAR34bozW9rGrgGBNWVg_rxcEZQWYScxiEPZWTPXnZ007n_Be4Ns1GIgwbZk

 

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