Carolina Fazendeiro, 11ºC

Durante muitos séculos as grandes escolhas estiveram nas mãos dos mais importantes, apenas os homens pertencentes às classes altas eram considerados capazes de tomar grandes decisões e, por isso, a opinião de todos aqueles que pertenciam ao povo era oprimida. Porém, o grande problema é que não é preciso recuar no tempo para nos apercebermos da sociedade opressora em que estamos inseridos. De facto, antigamente a possibilidade de escolha era praticamente nula - bastava nascer numa classe inferior, para se ser julgado ignorante e, portanto, ser-lhe retirada a chance de opinar. Seria impensável alguém do povo ter o poder de tomar uma simples decisão como, por exemplo, pôr a própria filha na escola. Do mesmo modo, as mulheres não tinham qualquer tipo de direito, eram vistas como um objeto criado para servir o seu marido, já que nasciam condenadas a uma vida como “dona de casa”, ausente de autonomia e de liberdade de expressão. Felizmente, os nossos antepassados aperceberam-se da sociedade desigual em que viviam e lutaram, lutaram pelos seus direitos, lutaram por uma vida melhor, lutaram por uma vida justa! Assim sendo, seria de esperar que atualmente nada disto se verificasse. Seria expectável uma sociedade condescendente, livre de julgamentos e opressões, todavia, não é nada assim. É verdade que hoje em dia as mulheres têm a opção de fazer as mesmas escolhas que os homens, os mais desfavorecidos têm a mesma possibilidade de decidir que os mais ricos. Porém, será que todos temos a mesma liberdade para escolher? Não! A sociedade atual é autoritária, é tirana! Nós bem tentamos fazer as escolhas certas, baseamo-nos nos nossos valores e opiniões, mas qualquer que seja a nossa decisão, vamos ser criticados e julgados. E não bastava impingirem-nos determinados pensamentos e pontos de vista, porque só esses são dignos de aprovação, como ainda nos dão a falsa sensação de que estamos a escolher. Tentam manipular as nossas opiniões, restringem as opções, ou pior, limitam as escolhas de tal modo que somos praticamente obrigados a optar por aquilo que a sociedade quer. E, aqui, eu pergunto: Como têm a audácia de me censurar quando ninguém neste mundo sabe aquilo que realmente está correto? Um exemplo muito básico, e que chega a ser insignificante, é o comum cenário em que os nossos pais tentam influenciar as nossas escolhas ou quando chegam mesmo a restringi-las, argumentando que sabem o que é melhor para nós. Pois eu digo: eu posso muitas vezes não ter certezas daquilo que quero, mas prefiro poder escolher e errar, do que ser-me retirada a liberdade de escolher! Quero destacar que para mim é completamente irrelevante se tu és mulher ou se és homem, se tens posses ou és pobre, se és homossexual ou heterossexual. A tua essência reflete-se nas tuas escolhas, nas tuas ações e não nos estereótipos que a sociedade te impõe. Tu tens o direito de ser livre, tu tens o direito de fazer as tuas próprias escolhas, tu és capaz! Por isso, não te deixes dominar, não te deixes humilhar, levanta-te e luta pela tua liberdade!

 

 

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