Miguel Ribeiro, 12ºF
Pudera eu parar o tempo
Na rua onde fui infante,
há no pouco que ainda dura.
Resto de um tempo distante,
Olívia, lá continua.
Olívia pela janela,
Todo o dia observa o mundo,
Que encanta com canção bela,
que priva lado profundo.
Neste ato que é tão ingénuo,
mas que a mim tanto me diz!
Liberta-me do meu duo,
E enquanto a ouço, sou feliz!
Mas este aqui apenas sou eu
por um mero e só segundo,
o infante que ali cresceu
do juízo é recluso!
Pudera eu parar o tempo,
apenas por um segundo
voltaria ao momento
no qual, uma vez, fui uno.