Maria Coutinho, 12º B

A Voz de Quem Sou

Ahhhh aqui estou eu novamente.
Novamente a pensar na vida...
Vida esta, para onde me levas,
se não para o encontro dos grandes?
Ahhhh com qual dos grandes me identifico?
Com que Pessoa ou pessoas tenho algo em comum?

Será contigo?
Ohhhh grande Pessoa!
Ohh grande homem que te fragmentas.
Será a ti que venero?
Essa dor de pensar que por vezes em mim sinto.
E a nostalgia da infância, que já passou?
Resta-me refugiar no sonho,
e descobrir... Quem realmente sou.

Oh mestre! Oh mestre!
Oh mestre Caeiro, por onde andas?
Em tudo o que vejo, estás tu presente.
Em tudo o que sinto,
tua sensibilidade sensacionista vejo.
Ahh cada dia que passa,
vejo a nossa Natureza a ser destruída...
Que devo fazer eu?
Se aqui não estás para me guiar?
Eu sinto tudo.
E sinto acima do pensar.

Reis, meu Ricardo Reis
Vejo, por vezes, em mim
essa tua fuga à dor.
Quero aceitar a calma serena,
da ordem das coisas no destino.
Autodisciplina.
Ter tenho, mas será suficiente?
Ai! E esse carpe diem que nem sempre tenho em mim presente...
És moral!
E se assim és, quero ser como tu!

Campos!
Tu, futurista homem.
Tu, que foges à regra e
te tornas a exceção.
Transgrides a moral estabelecida,
exaltas a força,
e tens perante ti, os excessos do Mundo.
Eufórico cantas, eufórica vejo:
que a realidade de outrora,
se relaciona com a realidade de hoje.
E esse teu cansaço...
Em mim consegue estar presente...
Somos lúcidos perante um mundo que não o é?
Ou somos loucos perante um mundo lúcido?
Ironia da vida... E do momento que nos acompanha!

Soares, Bernardo.
Tu, que com grandeza te assemelhas ao criador.
Porém menos afetivo,
porém menos preocupado com o raciocínio.
Nos fragmentos encontrados,
lá estás tu... presente.
Perante o ser fragmentário que Pessoa é,
tu estás nos fragmentos do livro.
Ahhhh serás tu o grande com o qual me identifico?

Pois cá estou eu...
Depois de uma reflexão,
depois de uma imensidão,
de pensamentos, de sensações,
de tentativa de fuga da dor,
de uma loucura constante
que me acompanha neste Mundo.
Pois bem, quem sou eu?
Serei também um ser fragmentário?
Que me identifico com todos...
E com ninguém?

Maria(s)

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