Ângela Pedro, 12.ºA
Genuinidade
Quem somos não mostramos ser,
E quem mostramos não nos alegra.
Como flores que temem o corte,
Não floreiam nem querem crescer.
Como o poeta se sente desajustado
Também eu não me encontro
Em muitos dos eu’s que propago.
Finda a noite,
Um novo dia surge.
Mais um dia para fingir,
Para dissimular e almejar ser
Em algum momento
Feliz em todo o meu viver.
Ah, vida de outrora,
Em que havia apenas
O eu feliz, alegre,
Sem as preocupações de agora.
O que nos resta é imaginar,
Voltar ao passado e desfrutar,
Mas nunca esquecendo o tempo
Que não nos deixará de atormentar.