Erica Pereira

“A distância entre nós”

A importância do toque humano. Todos os dias tocamos em dezenas de pessoas sem nos apercebermos sequer da importância que tem o toque humano. O toque entre duas pessoas. O livro “A distância entre nós”, bestseller nº1 do New York Times de Rachael Lippincott, Mikki Daughtry e Tobias Iaconis mostra-nos a verdadeira importância do toque humano e como é viver sem poder tocar na pessoa que mais queremos tocar. Stella Grant é obcecada pela sua doença, tendo sido diagnosticada com fibrose quística muito jovem, ou seja, os seus pulmões não funcionam normalmente. Stella tem a possibilidade de fazer um transplante, mas para isso é necessário cumprir regras. A mais importante de todas é manter-se a um metro e oitenta de outros doentes com fibrose quística. Nunca, em nenhuma circunstância deve ultrapassar esse limite. Para Stella, isso era simples e fácil de cumprir… até Will aparecer. Will é o perfeito oposto de Stella, não se preocupa minimamente com a sua doença, porque não acredita numa cura. Como a opção de um transplante não está disponível para Will devido ao estado avançado da doença, este desistiu. Assim que completar dezoito anos quer parar com os tratamentos e aproveitar o que resta da sua vida para percorrer o mundo. Stella decide ajudar Will nos seus tratamentos e assim, de um momento para o outro, tudo muda. Graças a Will, Stella vai aprender a fazer os tratamentos para viver em vez de viver para fazer os tratamentos.

Claro que também vai quebrar algumas regras, como planear um jantar de aniversário clandestino ou espalhar balões pelo hospital, mas nada de mais. As diferenças entre Stella e Will são o que os torna num casal tão perfeito, o único problema é o metro e oitenta que os separa. Mas Stella já perdeu tanto para a fibrose quística, por isso, por que não roubar algo também? Apenas um passo. 30 centímetros. “A distância entre nós” é um livro que traz ambos os sentimentos, felicidade e desgosto, pode deixar-nos com um sorriso, mas também nos pode encher os olhos de lágrimas. A história de Stella e Will é encantadora e comovente e ensina-nos o quão importante é o toque humano. Faz-nos pensar duas vezes antes de nos queixarmos da nossa vida e dos nossos problemas. As histórias complexas e apaixonantes das personagens, e a imprevisibilidade desta doença parte-nos o coração. O filme protagonizado por Haley Lu Richardson e Cole Sprouse mostra-nos imagens que são idealizadas na nossa cabeça ao ler o livro. É uma brilhante adaptação do livro. Impossível não chorar, tanto a ler como a assistir o filme. Recomendo imensamente os dois. Pessoalmente, vi primeiro o filme e só depois li o livro, mas acho que pode ser feito das duas maneiras. Tanto o livro como filme são: 4.5/5

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