Joana Matos|Opinião


O planeamento do futuro tem um papel essencial na vida humana. No entanto, será que o planeamento é assim tão linear como nós pensamos? Ou a vida acaba por ir precisamente contra os nossos planos?
Por um lado, é importante planearmos o nosso futuro de acordo com as nossas ambições e objetivos, pois isso permite-nos estabelecer um rumo e precavermo-nos de situações futuras que poderão aparecer relacionadas com esses mesmos. Por exemplo, nós, alunos, estudamos porque queremos (ou não) ir para a universidade e, consequentemente, trabalharmos numa área da qual gostamos. Ainda que esses planos sejam vagos, dão-nos um rumo e objetivos para o atingir.
Por outro lado, por mais planos que façamos, nada nos garante que a vida vá correr exatamente assim. Uma das minhas citações preferidas diz mesmo e passo a citar: “A vida é o que acontece quando estamos ocupados a fazer outros planos” (John Lennon) e não podia concordar mais. Por exemplo, nada nos garante que um dia estejamos a passar a rua e a pensarmos no que havemos de fazer primeiro quando chegarmos a casa e que um carro não nos atropele. É mórbido, mas é uma realidade. Isto porque, no fundo, o planeamento nos dá uma falsa e confortável sensação de controlo da nossa vida e acabamos por ignorar a sua efemeridade.
Em suma, é importante planearmos a nossa vida para atingirmos os nossos objetivos. Contudo, a vida nem sempre corre como esperamos e diria até que a vida acaba por ser a linha (ténue) entre o acaso e a desventura, como alguém disse num livro.

Design by JoomlaSaver