Poente em notícias |Ivone Elói e Isabel Cruz, coordenadoras do Projeto Intercultural de Português e Artes
O PIPArt está de volta neste ano letivo!
O projeto já está no seu terceiro ano de existência, continuando a basear-se na criação de contextos de aprendizagem da língua portuguesa, através de atividades diversificadas que combinam os diferentes domínios da língua com as artes.
A interculturalidade e a inclusão encontram uma efetiva expressão no ambiente, mais informal, que é criado e nas metodologias utilizadas no desenvolvimento das atividades em torno das temáticas propostas.
Na sessão semanal do PIPArt, participam alunos oriundos da Índia, Paquistão, Ucrânia e Venezuela, com diversos níveis de proficiência linguística, o que tem constituído uma mais-valia neste processo de apropriação da língua portuguesa, uma vez que as aprendizagens interpares se traduzem num maior envolvimento e comprometimento dos alunos. Acresce ainda o facto de três alunos de outras nacionalidades, já com um maior domínio linguístico e com experiências semelhantes aos recém-chegados, frequentarem o projeto, como voluntários, apoiando os colegas no desenvolvimento das atividades.
As aquisições linguísticas são fundamentais para as aprendizagens nas restantes disciplinas e, neste sentido, muitos alunos, cientes de que o desconhecimento da língua de acolhimento constitui o principal entrave, percebem a “urgência” na ultrapassagem deste obstáculo, de modo a que, integrados e incluídos, possam obter sucesso no seu percurso escolar no país onde vivem. O PIPArt assume-se, também, como uma medida promotora desse sucesso.
Neste ano letivo, as atividades iniciais prenderam-se, sobretudo, com a apresentação / acolhimento dos alunos que frequentam o projeto e que é realizada, todos os anos, de forma diferente. Desta vez, iniciou-se com a criação de Avatares, através de uma ferramenta informática, a que foi associado texto linguístico e posterior partilha no grupo, através de um friso.
“A alimentação” - vocabulário e as estruturas inerentes- foi a temática que se seguiu e, neste âmbito, a exploração das ementas da escola foi o mote; compreender e selecionar informação em documentos autênticos é uma tarefa associada ao português mais funcional, absolutamente necessária à vida quotidiana dos alunos.
A confeção de bolinhos - desde a designação dos ingredientes, quantidades constantes da receita, a sua junção, a “moldagem” dos bolos, até à colocação no forno - propiciou a utilização de vocabulário e expressões, em contexto real, envolvendo a temática em estudo. Por fim, todos degustaram os bolinhos. A culinária/ a pastelaria une. Para aprender, nada melhor do que “meter as mãos na massa”, neste caso, literalmente!
O PIPArt acolhe.