Samuel Vital, 11ºA

Os direitos humanos não são mais do que um conjunto de valores e normas morais pelos quais todos os seres humanos deveriam ser intrinsecamente regidos. Pela contínua e permanente violação dos mesmos desde tempos imemoriais, houve a necessidade de os consagrar por escrito, como se de uma lembrança permanente do seu cumprimento se tratasse. Desta forma, sendo a solidariedade uma intenção moral à qual se depreende um direito de ajudar o próximo, e de partilhar o fortúnio (ou a falta dele) com outra pessoa, esta é o garante prático do cumprimento dos direitos humanos e um direito em si mesmo. A frase temática “Não vemos caras, mas vemos corações” acarreta uma ideia genuína do que é a solidariedade, pois esta é remetente de e destinada a todos, e não é dependente da raça, do género ou até das qualidades pessoais de cada um. Nesta frase, é possível identificar a conexão entre a solidariedade e os direitos humanos, que resulta da consciencialização da ética e das normas morais que foram desenvolvidas ao longo do tempo pelo ser humano, em prol de uma sociedade (preferencialmente) justa como a que desejamos. No quotidiano, facilmente se cultivam valores como o respeito pela liberdade, direito à vida e segurança. A aplicabilidade destas normas inerentes e elementares ao ser humano, não merece referência, pois esta é (felizmente) a norma em países desenvolvidos como o nosso. Todavia, olhando para o panorama global, o desrespeito pelos direitos humanos fundamentais ainda é uma ameaça global e (in)digna de destaque. A título de exemplo, a existência da violação dos direitos humanos dos habitantes e patriotas sírios que todos os anos são obrigados a ter de fugir do seu país, caracterizada como sendo a maior crise humanitária atualmente na Europa, sendo que a solução dessas mesmas pessoas é a disponibilização solidária que países europeus têm ao acolhê-los. No contexto pandémico que se enfrenta nos dias de hoje, a solidariedade (a uns metros de distância) é tida como uma das armas mais poderosas para vencer esta nova realidade, como, por exemplo, o grupo seleto de pessoas da área da saúde que passam por uma carga horária exaustiva, com um prémio monetário (solidariedade do governo), para que toda a população do país tenha acesso à saúde, a qual é “prometida” no contrato social hipotético, sendo esse um direito humano. Concluindo, a solidariedade representa a premissa esquecida e o terreno fértil onde se erguem os direitos humanos, enquanto alicerces de um edifício social igualitário e justo. Estes têm uma enorme importância no funcionamento da sociedade e na forma como as pessoas se governam. A sua manutenção é um trabalho contínuo para que os pilares erguidos no passado não tenham sido em vão.

 

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