6º H (texto coletivo)| O 25 de Abril visto pelas crianças

No dia 25 de abril,
houve uma grande revolução
que pôs fim a um regime
que nos tinha na opressão.

Uns fugiram com medo da guerra
Outros lutam pela sua terra!
Confiaram na vitória
e assim fizeram História!

No dia 25 de abril
havia cravos aos mil.
Foi um golpe militar
que fez Portugal mudar!

No dia 25 de abril,
o povo saiu à rua
para ver os seus soldados
numa luta que era sua!

Passava da meia noite,
Zeca Afonso cantou:
"Grândola, Vila morena"
a revolução começou.

No dia 25 de abril
Foi tudo como sonhava...
Havia cravos aos mil
E Zeca Afonso cantava.

No 25 de abril
Alcançámos a vitória,
Com lindos cravos vermelhos
Neste dia fez-se História!


Lindos cravos vermelhos,
Que bonita é esta flor!
Colocados na espingarda
Fizeram da arma, Amor!

Os soldados na rua
de armas na mão.
As pessoas a ajudar
para revolução triunfar!

 

Havia grandes esperanças,
Sorrisos em muitas crianças
quando esse dia chegou
A liberdade triunfou!


O 25 de abril
foi uma enorme revolução,
já faz 45 anos
mas ficou no coração!

O MFA
fez um golpe militar,
Com o apoio do povo
vimos a Liberdade ganhar!

A ditadura acabou,
temos a Democracia.
Nem a PIDE os salvou,
Povo tem supremacia.

A guerra colonial
parecia não ter fim...
Um capitão genial
Fez de Portugal, um jardim!

A capital ocuparam
O governo acabou por se render,
foi o fim da Ditadura
chegou a Democracia ao poder!

Sem tiros, nem violência
foi assim a revolução,
com alegria nas ruas
e muita Paz no coração.

O povo encheu ruas e praças
com alegria festejavam,
floriam cravos vermelhos
e já todos se abraçavam.


Acabou a censura,
Fim da guerra colonial.
Terminou a ditadura,
neste nosso Portugal!

Nasceu a Democracia
finalmente a Liberdade
motivo de alegria
e enorme felicidade.

Já só ouvimos esta história
dos nossos queridos avós,
que fiquem na memória
para sempre, em todos nós!


As portas que abril me abriu...

Havia um descontentamento muito forte no país. Havia falta de liberdade. Não havia partidos políticos. Os homens tinham de ir para a guerra nas colónias africanas, como o meu avô. Alguns, como ele, pensavam que toda gente devia ter os mesmos direitos.
O meu avô contou-me que as condições de vida durante o Estado Novo eram tão difíceis para o povo, que muita gente foi obrigada a emigrar. Com todo esse descontentamento, um grupo de jovens oficiais formou o MFA (Movimento das Forças Armadas) e começou a preparar um golpe militar. Para que tudo resultasse foram realizadas reuniões secretas, estabeleceram-se contactos, elaboraram documentos e estudaram estratégias, desde 1973.
Em 24 de abril, pelas 22h45, foi a canção de Paulo de Carvalho, "E depois do adeus" que deu o sinal previamente combinado para o MFA se preparar para a ação. Ninguém desconfiou de nada, pois esta música tinha ganho o Festival da Canção daquele ano.
Mais tarde, já madrugada, na Rádio Renascença, passou "Grândola, Vila morena " de Zeca Afonso. Esta música estava proibida pela Censura e serviu de senha para os militares avançarem com a revolução.
A operação militar revelou-se um êxito e o chefe do governo e alguns ministros refugiaram-se no Quartel da GNR, no Largo do Carmo. O governo acabou por se render após algumas negociações. O carácter não violento e a forte adesão popular caracterizaram a revolução. Os mortos que aconteceram foram da responsabilidade da PIDE.
Depois...toda a gente festejou. Tinha terminado o Estado Novo. Não houve escola nesse dia. Muitos também não foram para o trabalho. Assim, puderam ir para as ruas celebrar a Liberdade. O 25 de abril foi um dia muito feliz para Portugal. Nunca o devemos esquecer: deu-nos a Democracia.

Edgar Bernardes, Henrique Morgado, Maria Couto e Maria Miguel - 6.ºH

 

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