CHAMAR A MÚSICA | Débora Francisco
A música é uma forma de arte constantemente presente no nosso quotidiano, seja através do rádio que toca quando viajamos de carro ou da melodia que atravessa os nosso headphones e nos acompanha no caminho para casa. Por que não aproveitar este fator para favorecer os nossos estudos? Para quem gosta de experimentar de tudo um pouco de modo a lutar pelos melhores resultados possíveis- e também para tornar o estudo de alguma forma relaxante - ficam as seguintes sugestões.
Primeiramente há que mencionar a crescente onda que envolve a música lo-fi, isto é, low fidelity. Este nome é frequentemente atribuído a composições cuja gravação usufruí de baixo financiamento. Estas batidas calmas, associadas também ao hip-hop e ao jazz, podem ser facilmente encontradas no Youtube e no Spotify em livestreams semelhantes a rádios ou sob nome de artistas particulares, como é o caso de In Love With A Ghost e City Girl. A recorrência a vocais é quase nula ou até mesmo inexistente, focando-se então nas batidas e em sons, tanto de origem eletrónica como do quotidiano. Este género é aconselhável para quem prefere instrumentais para seu companheiro de estudos, mas procura algo mais moderno do que música clássica.
Assim, há que apelar à recorrência das composições clássicas ou instrumentais derivados deste género. Os suaves acordes de piano, ocasionalmente acompanhados por outros instrumentos acústicos são, supostamente, os mais indicados para as épocas estudiosas. Inclusivamente, existem mesmo playlists como a “Peaceful Piano” do Spotify para quem necessitar de novas sugestões e atualizações com relativa frequência.
Adicionalmente, e ainda na onda dos instrumentais, o ASMR atingiu também renome nos últimos anos, sendo que a sua popularidade continua a crescer. Embora não seja propriamente música, sons naturais como chuva, ondas do mar ou pássaros a chilrear são compilados naquilo que se chama “Autonomous Sensory Meridian Response”: uma sensação que se espalha pela coluna, prolongando-se, como resposta a um determinado estímulo. Há relatos de pessoas cuja tensão derivada do stresse diário diminuiu graças a estes áudios, por isso em nada afetará experimentá-los ou até misturá-los com outros estilos de música.
Por fim, a escolha musical mais óbvia de todas precisa também de ser abordada- os gostos pessoais de cada um devem ser levados em conta. Uma balada emocional? Ou talvez um metal? Tudo conta, desde que promova a concentração. No entanto, deve-se acrescentar que não é inapropriado crer que canções com letra possam distrair o estudante, que poderá acabar por cantar em vez de trabalhar. Parte também do autocontrolo inerente a cada um de tomar a decisão de optar pelas suas preferências ou por algo mais cientificamente e/ou socialmente aconselhável, como as propostas anteriormente referidas.
Concluindo, está cientificamente provado que ouvir certos tipos de música durante os estudos aumenta o nível de concentração dos estudantes. No entanto, este facto está sempre dependente da preferência de cada um, pelo que, os exemplos previamente mencionados são apenas recomendações.