Duarte Francisco Ferreira – 9ºD

Desço a rua, cumprimento os meus vizinhos, entro no metropolitano, sorrio para a menina que está na bilheteira e digo-lhe “Bom dia!”, dando-lhe as moedas necessárias e, ao aceitar o retangulozinho, a menina da bilheteira diz-me, sorrindo: “Tenha uma boa viagem!” e eu respondo com um “Obrigado!”. Desço a escada e deparo-me com a minha vizinha do primeiro esquerdo que, por coincidência vai para o mesmo destino que eu. Conversamos animadamente enquanto esperamos, pacientes, que se aproxime o olho mágico da carruagem subterrânea. Ela chega, para, parte. Lá dentro, ecoa o mar enfurecido, isto é, o de toda aquela ferragem barulhenta à mistura com o som das pessoas a rirem e a falarem umas com as outras, mesmo sem se conhecerem. Na minha paragem, saio, subo apressadamente as escadas do formigueiro ruidoso ou do túnel de toupeiras cegas por onde andei. E sigo pela rua fora -outra rua -, entro numa loja. De cesto metálico na mão, escolho caixas e caixinhas, latas e latinhas, sacos e saquinhos. Tudo aquilo é belo, está bem composto, atrai o olhar e aguça os sentidos. A menina da máquina, que por sinal é muito simpática, sorri perante cada cliente. Enquanto passa as minhas compras, afasto a minha timidez e digo-lhe suavemente: - É incrível como a menina consegue transmitir tanta positividade! Sem dizer uma única palavra, ela responde-me com um enorme sorriso. Recebe a nota, dá-me o troco e lá vou, todo alegre, seguindo o meu caminho.
Volto a casa, com as minhas compras risonhas, atraentes e barulhentas. Sinto-me no futuro. Adoro!

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