Três perguntas para… |Martim Tojeira, 12º C
Presidente da Associação de Estudantes
Em termos de direitos humanos, qual o maior desafio que o mundo enfrenta de momento?
Os direitos humanos deveriam ser adquiridos à nascença! Infelizmente, um pouco por todo o mundo, vemos que a Declaração Universal dos Direitos Humanos não é, de todo, exercida. E até o direito mais básico de se ser tratado como ser humano, nos dias que correm, está em perigo. Um pouco por todo o mundo, a falta de respeito pelo próximo, pela opinião do próximo ou mesmo pela existência do próximo, está na base de muitos dos acontecimentos que marcam esta década. Penso que essa falta de empatia estará na base do problema.
De que forma a escola pode contribuir para a defesa dos direitos humanos?
Quanto ao papel da escola na contribuição para a defesa dos direitos humanos, penso que é fundamental, que tem de ser desenvolvido e que tem de envolver crianças desde a primeira idade. É importante fomentar o respeito pela liberdade do próximo, e a escola, como parte fundamental do crescimento intelectual de qualquer indivíduo, tem esse dever. Podiam também ser desenvolvidas atividades que englobariam os alunos e o poder de expressão de cada um para alertar o nosso país que ainda existem indivíduos que defendem que os "direitos humanos" não são para todos.
Imagina que tinhas direito a ser visualizado/a e ouvido/a em todas as redes sociais durante um minuto. Que mensagem gostarias de transmitir a todos os cidadãos do mundo acerca dos direitos humanos?
Num minuto talvez seja impossível apelar de forma assertiva. No entanto, tendo essa hipótese, tentaria lembrar às pessoas o que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos trouxeram no passado e trazem no presente. Temos como exemplos a guerra que está a ocorrer na Ucrânia e na Rússia e a guerra no território a ser disputado entre o Israel e Palestina, em que estes acabam por explorar os direitos humanos dos residentes de cada território ao não lhes permitirem uma vida civilizada e dentro do normal, e acabam por obrigar todos os residentes que conseguem a emigrar. Para que, com exemplos dados ao longo da história, as pessoas pudessem, em introspeção, julgar se o caminho que se percorreu até hoje é o mais ético para o nosso futuro.