Vozes do Poente |Inês Edra, aluna (12º A)
Avanços Tecnológicos vs Sociedade de Valores?
Desde o século passado, as tecnologias têm vindo a evoluir e é sabido que nos últimos 10 anos a tecnologia já evoluiu mais do que alguma vez foi registado. Mas será que isso significa algo de bom?
É muito evidente que o ser humano se tem adaptado muito bem a todos os desafios trazidos pelo progresso tecnológico, mas, posto isto, falta saber se o mesmo se adapta tanto ao ser humano, se estará mesmo ao serviço do ser humano. Atualmente, existem imensos aparelhos que realizam, por nós, as tarefas mais comuns rotineiras e domésticas, como por exemplo, aspirar. A cada dia que passa, tornamo-nos uma sociedade mais sedentária e, consequentemente, obesa, fazendo com que os casos de problemas cardíacos continuem a aumentar. Além disso, existe ainda a agravante de que, no mundo do trabalho, a ameaça é já uma realidade, uma vez que as pessoas começam a ser substituído por máquinas, levando a um aumento de desemprego, crises económicas e mais pobreza. Apesar de acharmos cómodo viver desta maneira, não é saudável.
Outro aspeto a destacar é a utilização de tecnologias na guerra. Diversos políticos já afirmaram que a próxima guerra mundial será uma guerra nuclear, o que implica o desenvolvimento de armas nucleares que destroem a vida de milhares de pessoas e transformam cidades inteiras em lugares inabitáveis, tal como aconteceu em Hiroshima. Através das radiações propagadas por estas armas, novas doenças, mutações genéticas e deficiências surgirão e tornarão o Homem ainda mais inimigo de si próprio, causando, possivelmente, a sua própria extinção. Para que haja um termo de comparação, a explosão de Hiroshima teve um impacto menor, estimável em 10% menos do que aquela que ocorreria hoje, dada a sua capacidade destrutiva atual, desenvolvida a partir de grandes avanços tecnológicos.
Assim, defendo que deveriam ser impostos limites no que respeita aos grandes avanços tecnológicos, desde que impliquem a destruição dos valores conquistados pela nossa sociedade, nomeadamente, impedindo que essas ameaças não caiam nas mãos erradas.