Momentaneamente Pensando | Ana Rita Brás Ferreira

Retomando o artigo anterior, o 12º é aquele ano em que tudo acontece. É a última etapa após um longo caminho marcado por conquistas e derrotas, justiça e injustiça, alegrias e tristezas. Este último ano do secundário caracteriza-se, no meu caso, pela novidade: novos professores, algumas disiciplinas novas e, principalmente, a união verificada na turma, o que tem contribuído para um ambiente mais agradável. A maturidade é outra, os planos futuros são partilhados, as conversas e os convívios ocupam muitos dos nossos fins de semana assim como a comemoração dos dezoito anos. É tempo de mudanças físicas e emocionais! Se nos primeiros anos do secundário o plano curricular era composto por nove disciplinas, neste último ano há uma significativa redução e passa-se apenas a ter cinco disciplinas. Esta é a principal razão que permite a organização e gestão do nosso tempo de uma outra forma, possibilitando não só uma maior preparação para os importantes e temíveis exames finais como também a nossa participação noutros projetos que contribuem para o nosso desenvolvimento social. Eu descrevo este ano como um ano atarefado, apesar de mais folgado, e incrivelmente trabalhoso, apesar da reduzida quantidade de disciplinas. É aquele em que tão facilmente nos podemos perder e, por isso, fracassar, como também superar-nos e, por isso, conquistar tudo o que ambicionamos. É um ano ambíguo, repleto de desafios. É o mais fugaz de todos. Ao longo deste ano, a ansiedade foi crescendo, e ainda continua, à medida que o fim se aproxima, porque, apesar de me dizerem para descontrair, este sentimento persiste, pois este é um ano decisivo! O término deste ano será assinalado pelo baile de finalistas para festejar a conclusão do nosso percurso escolar obrigatório. Este “fim” assume-se, para mim, não só como um sentimento de cumprimento e realização, mas também como a despedida de bons momentos que ficarão bem guardados na minha memória e que estão associados a uma infância inocente, despreocupada em que tudo era possível e a uma adolescência intensa de mudanças interiores e exteriores. É uma etapa da minha vida que me marcará, certamente, para sempre. Será para uns o fim e para outros o início de uma nova etapa. Assim, se durante todo o meu percurso tive de acreditar, lutar e viver, este ano não é exceção. Como diria Einstein, “A vida é como andar de bicicleta. Para manter o equilíbrio temos de continuar a andar”.

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