A minha voz conta! Letícia Santos, 12ºB
A vida é como um livro, pois ela está recheada de capítulos, porém não conseguimos lê-los, apenas o narrador consegue. Agora estamos nas páginas que retratam a juventude e esta, mais do que nunca, está a tornar-se uma fase muito desafiadora, em pleno século XXI. Quando perguntam a alguém mais experiente, se a juventude tem uma vida mais facilitada, hoje em dia, a resposta mais comum é: “Claro! Os jovens de hoje só têm de se preocupar em estudar e mais nada.”. Os mais velhos acham que, no tempo em que eram jovens, por terem piores condições de vida, tudo era mais difícil, mas eles recusam-se a ver e a ouvir a nossa frustração e indignação. A evolução da educação e da medicina, as ajudas do estado, a segurança nacional, entre outros aspetos, tudo isto seria algo que nos facilitaria a vida, no entanto, a mentalidade da sociedade manteve-se, se é que não piorou.
Com efeito, nós, jovens, somos bombardeados constantemente com várias questões e problemas criados pelos nossos antepassados, para os quais é nosso dever e responsabilidade encontrar uma solução. Esperam que acabemos com a fome, a guerra, com o aquecimento global ou com o preconceito, quando a nossa única preocupação deveria ser estudar para aquele teste cuja nota precisa ser positiva. Por fim, nos tempos de hoje, somos pressionados por todos à nossa volta. Querem que sejamos tudo o que um dia não foram, que consigamos atingir metas que os nossos pais não atingiram um dia. Sobrecarregam-nos com as suas grandes expectativas como ter 20 valores num exame ou chegarmos todos a médicos. Em suma, os jovens de hoje têm desafios mais difíceis de transpor, pois os adultos esperam que façamos o que não fizeram e que alcancemos a perfeição, sem ouvir os nossos lamentos. Pois saibam que eu não sou perfeita e não quero ser! Deixem-nos ser quem somos!