Pedro Pinheiro (12º I)

Começou como algo pequeno e distante, um pequeno surto ofegante que se esforçava por respirar, mas depressa evoluiu e lentamente começa a matar. É um crescimento contínuo que não espera um momento para atacar o nosso primo, seja ele da França, da Itália, da Alemanha ou mais a Oriente. Uma presença assustadora que nos obriga a ficar em silêncio no medo e numa pouca crença que culmina na união sem contestação (pelo menos seria este o esperado no normal do observado) de todo o ser humano que quer manter o seu coração a bater. Somos bombardeados com ainda mais informações do que o normal, o nosso cérebro é acelerado e os pais dos demais têm mais preocupações pelos filhos recém-nascidos. Com o medo constantemente presente em cada uma das pessoas que luta para ferozmente preservar o crente que procura a cura para pôr esta guerra por terra. É o isolamento social com efeito no normal dia a dia vivido num momento passado, rotinas alteradas a nível mundial que fazem com que as pessoas comecem a reagir mal. Uma imprevisibilidade fatal, não havia preparação para a extinção da interação da casualidade real, a proximidade normal de o ser humano social que pensava de forma habitual num mundo não afetado a nível global. Agora as horas passam e, no meu momento, não consigo acompanhar o tempo, sinto-me ausente do presente, deambulo no passado, recordo memórias e histórias de que me orgulho de ter vivido, pois sei que a presente glória veio para me deixar dorido. Não importa o avanço atual, não existe para esta infeção mundial que afeta cada um de forma diferente, seja pela ignorância ou complacência, não existe ainda refúgio na preponderância da ciência. Penso, pois gosto de pensar, que o nosso mal, a nossa ganância veio se vingar, do quanto abusámos, do quanto maltratámos, do quanto nos matámos e agora veio para nos magoar e receio não vir a perdoar quem me magoa neste tempo de união. Pois mais do que tudo quero acreditar que, apesar de não estarmos juntos num parque com o sol a brilhar, podemos estar unidos nesta frente de combate a lutar. Ficamos por casa em segurança, desinfetamos as praças com pujança e ajudamos quem pudermos com confiança de que não nos trairá, que se juntará a nós e ajudará a criança mundial, que é esta espécie mortal a combater este inimigo anormal. Estamos afastados, mas conectados, não é a mesma coisa de um abraço amigo, mas é um cansaço querido que se consegue ao estar conectado para se enfrentar o inimigo. Inimigo este que invadiu as nossas vidas e as desfez, aproveitou-se da nossa hospitalidade e acabou com muitas de vez. Mas não perdemos a esperança, lutamos juntos contra este temível horror que torna o futuro de todos incerto e cada vez mais cheio de terror. Mas é isso mesmo que me deixa com mais vontade de não desistir, de continuar a seguir o meu sonho, de cada vez mais querer sonhar mais alto e de provar que o potencial humano não reside no asfalto, mas num lugar super-humano. Ponho um fim no dito, estamos mais próximos sem dúvida nenhuma! Estamos unidos contra algo que nos aflige a todos e precisamos de o continuar a estar se queremos ganhar as nossas vidas de volta e para que não deixemos uma esperança torta baseada na ilusão de uma frágil união.

 

 

 

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