Marina Rosas (10º I)

Em pleno século XXl, deparamo-nos com uma pandemia, uma pandemia que acredito que, desde o seu conhecimento, ainda continuou a ser desacreditada pela maioria, digo isto por mim mesma e minha família. No início, mantive-me firme e esperançosa como qualquer cidadão. Dia e noite, os jornais não param de falar sobre o covid-19, mas afinal a intenção é alertar-nos ou assustar-nos? Questiono-me. Irrita-me, às vezes, pensar que, de alguma forma, poderiam estar a manipular-nos através dos média e que, em nenhum momento, realmente, poderíamos saber a verdade; irrita-me ver a minha mãe, uma senhora jovem, preocupar-se com os filhos de forma histérica, sabendo que não pode fazer nada a não ser mantê-los em casa. Mas e quem não tem casa? Outra coisa que me vejo a discutir sobre este assunto com minha família é porquê exatamente ocultar todos os outros tipos de notícias nos jornais? Na tentativa de tornar este texto o menos caótico possível, tento pensar o quão bom esta notícia teria sido para os introvertidos e que simplesmente preferem trabalhar sentados em suas casas e com a mínima ideia de que suas famílias estão em segurança. Mas claro, sempre com o sentimento de empatia, sim, por estarem a morrer milhares de pessoas. Não querendo “soar satírica”, claro que não, está longe de mim, eu e minha mãe partilhamos a ideia de que isto seria mais do que uma pandemia, talvez uma segunda chance para o nosso planeta, pois em menos de sete meses foram notadas melhorias no meio ambiente em números absurdos (absurdos bons, creio eu) de menor poluição. Afinal, desde que “o mundo é mundo”, nossa espécie é conhecida por destruir, matar e extinguir o nosso planeta entre outras diversas formas de o despojar de algo que nos foi, literalmente, dado para procriar, evoluir e cuidar, mas, infelizmente, como seres, com falhas e errantes, não fomos capazes de cuidar de forma duradoura da nossa amigável casa, que, de princípio, nem era nossa. Somos hóspedes neste mundo a que chamamos nosso.

 

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