Luísa (nome fictício) 12º ano

Covid-19, o vírus que tem movido o mundo nos últimos tempos, ou melhor, que tem proibido que o mundo se mova à mesma velocidade que há 3 meses. Este ano tem sido de doidos, vamos no quarto mês e já posso dizer que é o pior ano da minha vida, tive problemas na escola, os meus pais separaram-se, não sei se vou entrar na universidade que quero, a minha irmã dá-me cabo do juízo, não vou ter o meu baile de finalistas com que sonho desde sempre…. O ano ainda agora começou e eu já só quero que ele acabe. Este vírus só veio comprovar que não importa de que estatuto social és, porque ele não quer saber disso. O que importa se tenho um telemóvel da Apple, se o ambiente em minha casa não é de todo o mais favorável? O que importa fazer compras online, se tenho alguém da minha família infetado? Toda a gente pode mostrar aquilo que tem, pode tentar elevar-se a uma posição social acima de todos, mas no momento da verdade toda a gente se encontra na mesma corda bamba. O vírus ataca as pessoas da mesma maneira, não olha para o saldo da tua conta bancária, ataca os teus familiares, os teus pais, avós. Neste caso não importa se tens dinheiro para pagar operações e os melhores médicos, porque não há cura para ninguém, vais ter de seguir as mesmas medidas que todos os outros, vais morrer da mesma forma. Esta quarentena tem dado para refletir sobre a vida, até demais. Tem dado para perceber quem são os verdadeiros amigos, no meu caso são poucos. Tem dado para definir alguns objetivos de vida, separar o que quero para mim do que é melhor manter afastado. Acho que todos estamos a chegar ao consenso que também somos seres vulneráveis às consequências do planeta, porque se o planeta se vir ameaçado vai resolver de alguma forma, neste caso está a controlar o efeito do aquecimento global apenas com um algo que nós nem sequer conseguimos ver. Todos temos de ganhar consciência em relação ao nosso mundo e saber definir as prioridades para nos tornarmos boas pessoas, porque num dia estamos cá, no outro somos infetados com um vírus e podemos deixar de estar. Peço um mundo sem maldade, um mundo onde ninguém goza com ninguém, onde toda a gente tem bom senso.

 

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