Adelina Fadul (12º I)

Quem diria que um dia
do contacto seríamos privados

Nestes dias de confinamento
o calor humano é o desejado
Os amantes, mais do que nunca,
anseiam por uma troca de afetos

As pessoas,
estas que outrora apenas queriam ficar em casa,
agora planeiam saídas com os seus mais próximos
e até com quem ainda não lhe sejam tão chegados

Terá este mal afastado as pessoas?

Se sim, então apenas afastou fisicamente,
dado que as pessoas se uniram em prol da saúde e bem-estar comunitários, ficando em casa

Veem-se médicos já reformados que voltam ao serviço, pois nesta profissão heroica a vontade de ajudar o próximo é o que os motiva

Veem-se também voluntários que, apesar de colocarem em risco a própria vida, preferem ajudar quem mais precisa, deixando os seus em casa

Nesta quarentena
os que antes não suportavam os seus patrões, funcionários, professores e alunos
Agora desejam retornar ao convívio com estes

Nesta quarentena
Fazem-se promessas de que, no fim desta, irão aproveitar a vida ao máximo
Mas ao fim de duas semanas de convívio tudo voltará ao que era, zangas e desentendimentos

Por que é que apenas desejamos o que não temos
E, quando temos, não fazemos por manter?

Saibamos aproveitar tudo o que a vida nos traga,
Pois viver só faz sentido se formos capazes de enfrentar o mal, e não apenas aproveitar o bem
Nada acontece por acaso

 

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