Maria Inês Fragoso Vieira – 9ºE

Desço a rua, cumprimento os meus vizinhos, entro no metropolitano, sorrio para a menina que está na bilheteira e digo-lhe “Bom dia!”, recebendo, de volta, um sorriso caloroso e um “Bom dia, minha senhora!”. Com isto, entrego-lhe a quantia necessária para poder ter um bilhete para o metro e obtenho, então, mais um sorriso e um cartãozinho. Espero pouco tempo até que a minha boleia decida aparecer, mas, enquanto espero, tenho a possibilidade de analisar tudo à minha volta. Sou rodeada por estrangeiros perdidos, trabalhadores apressados, crianças rabugentas, uma jovem sentada à beira de um poste a ler, abstraída de toda a agitação e barulheira que a rodeia. Uau! A entrada no metro é sempre uma grande confusão. Toda a gente, “ao molho” com pressa para entrar, mais parece combater os passageiros que desembarcam, no único intuito de conseguir um lugar sentado. A maior parte é bem-sucedida, mas eu até prefiro viajar de pé. A viagem decorre calmamente (dentro dos possíveis) e, quando chega a minha paragem, saio e subo as escadas que levam para a luz natural novamente. Vagueio um pouco pelas ruas e deixo a minha mente voar com o vento e saborear o quão bom é ver as pessoas nas ruas, longe das tecnologias que invadiram as nossas vidas e perto umas das outras a comunicarem de verdade. De alma cheia, entro numa loja, uma espécie de minimercado, e faço umas compras rápidas. Dirijo-me para a caixa onde sou bem recebida pela funcionária e pela senhora que com ela conversa. Prolongo até a minha estadia, deixando-me ficar um pouco na conversa. Como é bom falar! Volto então para o metropolitano e faço uma viagem serena até casa. Quando chego, poiso as compras e deito-me no sofá… Mas que belo dia! Gosto de viver assim.

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