Íris Rainho Silva - 9ºE

Desço a rua, cumprimento os meus vizinhos, entro no metropolitano, sorrio para a menina na bilheteira e digo “Bom dia!”. Os seus olhos sorriem, sei que por baixo da máscara um sorriso lindo se formou. Desço as escadas e espero pelo metro. Vejo o que penso ser uma família, dois adolescentes conversadores e um avô com o neto. Todos aparentam estar felizes. Entro no metro e procuro um lugar para me sentar. Acabo por ouvir a conversa de duas meninas: falam das festas que conseguirão frequentar, dos amigos que irão abraçar e dos avós que poderão visitar, depois da tão esperada vacina ser encontrada. Olho para a esquerda e vejo duas crianças a conversar com um senhor de idade. A felicidade transborda dos seus pequenos olhos reluzentes: há muito que não conversa com crianças. Sente-se bem. A minha paragem aproxima-se. Saio do metro, subo as escadas de acordo com as setas e chego à rua. Retiro a máscara… Ar puro, novamente! Que sensação agradável! Sigo pela rua fora até chegar à minha loja favorita. Coloco a máscara, entro e sou logo recebida com um “Bom dia!” animado, pelo que, de imediato, devolvo um alegre cumprimento. Depois de escolher o que vou comprar, retiro o meu saco reutilizável e pago. Dirijo-me ao metro e depois a casa. Não vejo os sorrisos das pessoas há muito tempo, mas aprendi a ver a felicidade através dos olhos. Estou feliz e sei que vai ficar tudo bem.

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