Um mês uma eco-escola

Na sala do 2º e 3º ano da escola da Fonte Santa, os meninos e as meninas agitam-se com a proximidade da hora de saída. Quarta-feira, dia 17de outubro, foi um dia importante para educação ambiental. Uma notícia publicada no DN digital, a propósito do relatório da ONU sobre o aquecimento global, com o título “Temos doze anos para salvar o planeta” e uma imagem assustadoramente sugestiva, foi o ponto de partida para um brainstorm. No início do dia, Geraldina Silva, professora responsável por este grupo, projetou a notícia e pediu aos alunos que falassem do que viam.
A pedido da repórter, voltou a projetá-la e os miúdos acotovelaram-se para darem a sua opinião. “Não podemos poluir o planeta, mas às vezes misturamos tudo”, diz a Inês, uma menina do 2º ano. Ela não se lembras se em casa tem caixotes de diferentes cores para os lixos, mas sabe que os pais, de vez em quando, vão ao ecoponto e “põem o lixo em contentores diferentes”. Não gosta nada de “ver o planeta ficar todo estragado”. Já o Pedro, também do 2º ano, diz que “tem um ecoponto em casa e a mãe separa logo”. Acrescentou mesmo “fui eu que lhe disse para separar e foi na escola que eu aprendi”. Olhando para imagem projetada, parece-lhe que “a cidade vai ser destruída, parece que o mar a vai engolir. “E a culpa é nossa” - acrescenta- “porque estamos a poluir a cidade”. Está preocupado e promete fazer tudo para não estragar mais o planeta. Ele, por exemplo, nunca se engana a separar o lixo, “mas há meninos que ainda se enganam, só que depois vem a Sandra (a auxiliar) e ajuda”, apressa-se a dizer.


A Frederica sabe separar os lixos, embora em casa não tenha um ecoponto. Tal como a Lara M. Sugiro-lhe que basta arranjar caixas e revesti-las com as cores do ecoponto, ou simplesmente colocar em sacos diferentes e levar para o ecoponto da rua. Olha-me com ar muito sério e diz: - “tem muita razão, vou começar a fazer isso.”
Já com os ânimos mais calmos, a professora Geraldina vem falar-me de como é trabalhado o tema do ambiente: “não só no Estudo do Meio, mas articulando transversalmente com o projeto eco-escola”. Além disso, está atenta às notícias e aproveita algumas para serem o ponto de partida para discutirem sobre o tema, como fez hoje. Garante que os miúdos são muito interessados e que sobretudo as imagens do planeta degradado “preocupam-nos realmente”.

 

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