Momentaneamente Pensando | Ana Rita Brás Ferreira

Passado. Antagónico daquilo que é o futuro, no entanto, muito similar. Um termo abrangente, indefinido e questionante. Será o passado uma prisão? Ou será o príncipio da nossa liberdade? Será o passado aquilo que fui? Ou será aquilo que sou? Será o passado algo longínquo na nossa vida? Ou será apenas uma fração de tempo antes daquilo que eu faço neste momento? Questiono-me também sobre quantos passados teremos nós e quantos viveremos nós mais...Para muitos, este período representa o limiar entre o término e o princípio de algo que marcará indiscutivelmente a nossa vida. Memória! Um termo indissociável do passado. De certa forma, tudo aquilo de que nos lembramos remete-nos para o nosso passado. Eu não irei lembrar-me de algo que não vivi, experienciei ou pensei. Aprendizagem! Um outro vocábulo relativo a este tempo. De certa forma, o passado ilustra-se como uma fase importantíssima para a nossa evolução a vários níveis. Ele vai ensinar-nos a crescer psicologicamente e a progredir enquanto indivíduos. Muitas vezes, encaramos o nosso passado como uma grande parte da nossa vida, valorizamo-lo demais e dependemos dele inconscientemente. Contudo, o passado não é mais do que apenas o passado, já aconteceu, já o vivemos, não voltaremos lá mais. Cabe a nós decidir se queremos morrer com o nosso passado ou viver com o nosso futuro. Eu olho para o passado como uma forma de reviver alguma situação. Muitas vezes, é desgastante, porque ele apenas nos faz questionar e nunca nos soluciona nada. Para mim, o passado é apenas isso, uma forma de nós não aceitarmos o presente e não olharmos para o futuro. Agora que estou momentaneamente pensando, eu sei que tudo se relaciona na nossa vida. Afinal de contas, o meu futuro é dependente do meu passado e eu estou, agora, no passado do meu futuro.

 

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