Mulheres que Mudam o Mundo |Luna Sousa

Mhasa Amini, uma jovem curda iraniana de 22 anos, foi detida pela polícia da moralidade de Teerão no dia 13 de setembro, após ter sido acusada de infringir o rígido código de vestuário feminino no irão, ao não usar o seu hijab (véu islâmico) corretamente. No dia 16 de setembro, foi declarada morta por insuficiência cardíaca após dois dias em coma. Existem provas de que a mesma foi agredida na cabeça com um pedaço de madeira enquanto estava presa. Muitos acreditam que as agressões que sofreu a levaram a entrar em coma, o que resultou na sua morte. Amini, cujo a morte levou a milhares de jovens a protestar contra a repressão das mulheres na república islâmica, cresceu numa família religiosa e conservadora em Saqqez, uma cidade localizada na região fronteiriça entre as províncias do Curdistão e do Azerbaijão Ocidental.

Esta é uma área onde a maioria da população é composta por azeris e curdos, uma das principais minorias étnicas no país. Uma série de protestos e movimentos de solidariedade explodiram após a sua morte, tornando-se um dos protestos mais importantes desde 2019, provocados pelo aumento dos preços de combustíveis no Irão. Até ao momento, e de acordo com a IHR, uma organização não governamental (ONG), cerca de 76 pessoas foram mortas nas manifestações, incluindo seis mulheres e quatro crianças. Ultimamente as centenas de jovens e mulheres que marcham pelo centro das cidades, queimando os seus hijabs e cortando os seus cabelos em forma de protesto contra a morte injustiçada de Mhasa Amini, defendem que a mesma não deveria ter sido presa e agredida pela forma como estava vestida. A morte de Amini desencadeou em muitas iranianas o desejo de mudar o sistema.

 

 

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