Dados:
baleia
árvore
detritos

Era uma vez uma baleia, que quotidianamente apreciava ir até ao estuário do Tejo visitar a biodiversidade marítima e terrestre que este apresentava. A dada altura, a baleia aventurou-se junto da costa com o intuito de tentar perceber como seria a vida humana que esta, até lá, só tinha observado de longe.
Durante o caminho até à costa, a baleia apercebeu-se de que a soberba paisagem que visualizava vinha gradualmente a diminuir, estando visivelmente deteriorada. A água apresentava uma cor mais baça, de tom acastanhado originado pelas descargas agropecuárias que as indústrias projetavam para o rio e encontrava-se conspurcada por detritos de toda a espécie. A variedade de peixes diminuía e a costa que, de longe, aparentava ser repleta de vida, na verdade era melancólica e pouco preenchida. O verde, que idealizava, era agora uma vasta mancha nua, repleta de cepos que, em tempos, refletia o que poderia ser descrito como uma floresta saudável e luxuriante.
Perante tal situação desumana, a baleia, aterrorizada e desgostosa, jurou nunca mais voltar a aproximar-se da malévola civilização.
Alice Gil, Diogo Fernandes e Guilherme Passagem – 10ºA

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