Momentaneamente Pensando |Ana Rita Brás Ferreira

Futuro! Uma palavra intimidante. Muitas vezes, desconcertante. E a única certeza que nos dá é que não temos certezas nenhumas. Toda a nossa vida é em função do futuro, nunca paramos, não desfrutamos, só nos questionamos sobre o que irá suceder a seguir e depois, e logo, logo após isso... De facto, somos diariamente confrontados com tomadas de decisões que irão condicionar de alguma forma o nosso percurso. Nunca saberemos se aquela foi a escolha mais acertada até a experenciarmos, mas provavelmente foi aquela com a qual nos identificámos mais. Confusão! Um outro vocábulo que eu associo ao futuro. Parece sombrio. Assustador. Faz-nos querer retardar no tempo para não o atingirmos. Sonho! Um lugar idealizado. Resultado da imaginação. Muitas vezes, confundido com o futuro. Mas, para mim, completamente disitinguíveis. O passado não foi um sonho, a vida não o é e o futuro não o será, no entanto o sonho mantém-se na nossa mente e a vida sente-se. O que escrevo será lido futuramente por alguém, pelo que “futuro” é uma palavra muito vaga, é o que nós quisermos fazer dele. O futuro é, então, no meu ponto de vista, algo indeterminado. Manipulável. Responsável pela nossa esperança. É desejo. É tudo e não é nada. Para mim, o futuro não me incomoda, mas gosto momentaneamente de pensar nele. É engraçado isto da “vida”. Posto esta minha reflexão, não tenho medo do futuro, só tenho receio de não o conseguir “viver”...

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