A Minha Voz Conta! |Helena Lopes, 9ºF

Estou mais velha, cresci e sinto tantas vezes que é difícil ser rapariga ou mulher. Apercebo-me no meu dia a dia que o sexo com que nascemos é que define muitas vezes o que podemos alcançar. Será que isto é só porque cada vez mais ouço comentários e frases machistas, da parte dos meus colegas? Ou será que é assim que nasce uma feminista? Não sei. O que sei é que somos uma sociedade muito preconceituosa, e que ainda não consegue olhar de forma igual para todos. Isto não apaga todas as conquistas e lutas feitas pelas mulheres, mas a verdade é que apesar de muitas mudanças a nível social, existem comportamentos que continuam a demonstrar que culturalmente ainda temos um longo caminho a fazer. As mulheres ganham menos que os homens com funções iguais. Há menos mulheres em cargos políticos, apesar da lei da paridade. É evidente que tudo leva o seu tempo e só em 1975 é que as mulheres, em Portugal, puderam votar ou, por exemplo, viajar sem autorização do marido. Sim, muita coisa mudou… mas não chega. É preciso mudar mentalidades e para isso temos que educar. Tantas vezes no meio dos meus colegas sinto-me desrespeitada porque invadem o meu espaço apenas porque sou rapariga, usando expressões inadequadas acerca do meu físico, ou das minhas colegas, ofendendo e duvidando das minhas capacidades físicas ou intelectuais. Eu sinto que é so porque sou rapariga. A mudança começa nas nossas casas, ensinando as crianças a respeitarem toda a gente. Por fim, precisamos de mais sororidade. As meninas, raparigas, mulheres deviam apoiar-se mais umas às outras e não competir tanto. Eu acho que nós próprias acabamos por incentivar este preconceito ao sermos assim umas com as outras.

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