Mulheres que Mudam o Mundo | Beatriz Santos

Txai Suruí é uma jovem indígena brasileira de 24 anos, que tem vindo a ganhar fama nos últimos dias após discursar na abertura da COP26, em Glasgow, e defender a sua opinião contra o desmatamento na Amazônia. Txai também é fundadora do movimento da juventude indígena de Rondónia e o espírito da mudança parece ser algo incutido nela pelo seu pai, um importante líder indígena conhecido por lutar também por causas relacionadas com alterações climáticas.
Apesar de tudo o que esta jovem ativista tem feito nos últimos tempos, (protestos, uma denúncia sobre o avanço da agropecuária sobre a sua terra, etc.), o que a destacou nos últimos dias foram as suas palavras na Escócia. Txai começou por falar na sua ligação com os vários elementos da natureza e disse que “A terra está a falar, a dizer-nos que não temos mais tempo”. Também mencionou o facto de os povos indígenas estarem na frente da emergência climática. Assim como eles estão os países em desenvolvimento, que, apesar de serem muito distintos, têm uma coisa em comum: apesar de não terem culpa, são os mais afetados pelas alterações climáticas e, quase sem recursos para agir, a sua única “arma” é a palavra. Txai terminou o seu discurso reforçando a importância de agir agora, “Não é em 2030 ou 2050, é agora”, e também com uma mensagem de esperança, “É necessário sempre acreditar que o sonho é possível”. A jovem está a ser um bom exemplo de que atualmente toda a gente pode participar na mudança tendo ou não recursos materiais e continua todos os dias a informar as pessoas através das suas redes sociais acerca da emergência climática que o seu povo está a atravessar.

 

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