Pintar Com Palavras | Beatriz Laranjo

Há cerca de 2 anos a vida de todos nós mudou drasticamente. Quando menos esperámos apareceu um vírus capaz de parar o mundo inteiro. Quase que parece impossível, mas a verdade é que já passamos por várias quarentenas, em que nem sequer podíamos sair de casa. Começamos a usar máscara num abrir e piscar de olhos e agora podemos considerá-la como se fosse um novo acessório. Temos de usá-la em qualquer lugar que formos, tanto para nos protegermos, mas também para protegermos os outros. Não sei quanto a vós, mas nisto tudo o que me custou mais foi separar-me da minha família e das pessoas que eu mais amo, principalmente os meus avós, que são os mais afetados, pertencendo às pessoas de risco. E, por isso, tal como muitos de vós deve ter feito, tive de tomar uma decisão e afastar-me deles, de modo a que estivessem em segurança. Nunca passei tanto tempo sem ver os meus avós. Durante meses deixei de os ver, e mesmo assim, ainda hoje não os vejo com tanta regularidade como antes deste vírus aparecer. Acho que começamos a dar mais importância às pequenas coisas, que antigamente não dávamos assim tanto valor. Julgo que, de repente, começamos a ganhar algum medo de apanhar o vírus, ou até mesmo de transmitir a alguém. A tamanha responsabilidade que tive de lidar para me assegurar que os meus entes queridos não contraíssem o vírus. Foi muito difícil. Foi como tirar um pedaço do meu coração. Deixar de poder dar abraços, beijos… Mas felizmente, posso dizer que não perdi ninguém com a covid-19, como muitas pessoas, e espero não perder. O vírus parece que veio para ficar, e não se vai embora tão depressa como esperaríamos. Esperemos que com a vacinas, tudo melhore. Ainda que haja algumas pessoas que se recusem a serem vacinados. Já nem sequer me recordo de como é viver sem a covid-19. Sem restrições… O vírus mudou tudo. Mas mesmo tudo. Não existe nenhum pormenor que tenha ficado de fora. Apesar de tudo, uma das únicas vantagens que a covid-19 trouxe, principalmente no período de quarentena, em que tivemos de ficar em casa, fechados, foi o facto de ao reduzir a movimentação nas ruas, haver uma diminuição de gases e resíduos libertados para a atmosfera, melhorando um pouco a nível do aquecimento global, um problema bastante atual, com o qual nos deparamos todos os dias. Agora, infelizmente, para além de ainda estarmos a lutar contra esta grande pandemia, que afetou todos os setores a nível global, estamos a passar por uma crise, em que, por exemplo, muitas empresas estão sem trabalho, o que deixa muitas pessoas no desemprego. Suponho que estejamos a passar por uma altura muito complicada, mas temos que reunir forças para continuar esta batalha, porque vai ficar tudo bem. Pode demorar, mas temos que ser essencialmente positivos. Por fim, considero que devemos agradecer, principalmente, aos profissionais de saúde que fizeram, e que continuam a fazer de tudo para nos ajudar. Um grande obrigada!

 

 

 

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