Susana Graça


Como mencionado anteriormente, nesta edição do jornal descreverei a última fase do concurso na China. No dia 31 de outubro, fomos para um estúdio onde iriam decorrer as gravações do concurso. Não seria a primeira vez que iriamos aparecer na televisão chinesa, mas a diferença assentou no ensaio, que durou quase todo o dia. Foi um dia extremamente cansativo para todos, especialmente para os 5 finalistas. No dia 1 de novembro, todo o esforço do dia anterior foi compensado. A primeira etapa do concurso terminou com a eliminação de 3 dos 5 concorrentes, sendo que os que tiveram de disputar o título de vencedor foram o representante europeu (proveniente da Itália) e a representante asiática (proveniente da Indonésia). A última fase do concurso correspondeu à atribuição de 10 perguntas a cada concorrente. Quando o vencedor estava para ser anunciado, eu e os restantes participantes europeus combinamos que, caso o nosso representante vencesse, iriamos correr para o palco e que o iriamos levantar. O nosso representante acertou todas as perguntas, enquanto a outra participante apenas acertou 8. Tal como planeado, subimos ao palco e fomos festejar. Após a atribuição dos prémios, tivemos de fazer uma longa viagem para o nosso hotel. Após dois dias exaustivos e com apenas 4 horas de sono no corpo, tinhamos de arrumar todos os nossos pertences. As nossas malas teriam de ser entregues e transportadas para Pequim nessa mesma noite, pois no dia seguinte teriamos uma viagem para a capital. Nessa noite, como era a última oportunidade de estarmos todos juntos, decidimos que nos iriamos encontrar nos corredores. Aí assinamos roupas, bandeiras e cardernos uns dos outros, distribuimos doces tradicionais dos nossos países e trocamos prendas. Foi uma noite muito emotiva, uma vez que ninguém estava preparado para fazer as suas despedidas. No dia seguinte ainda tivemos a oportunidade de passear por Pequim e aproveitar os últimos momentos com os nossos amigos mais próximos. Deslocamo-nos para um hotel, onde os alunos poderiam descansar até à hora do seu voo. Nesse hotel, a única coisa que se ouviam eram pessoas ou a rir ou a chorar porque, a certa altura, tornava-se impossível conter as lágrimas devido à mistura de sentimentos. Na próxima edição descreverei a viagem de volta a Portugal e outros eventos que decorreram no aeroporto que marcaram ainda mais a minha experiência na China.

  

 

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