Mafalda Pires|Opinião


A vida humana é regida por inúmeros valores, quer morais, quer religiosos, que condicionam as ações de cada um e orientam segundo determinados caminhos que são meios para atingir certos fins. Por vezes, a luta para os alcançar é vista como algo impossível, mas torna-se mais acessível se se mantiver a esperança. Esta é um motor das nossas vidas.
Por um lado, a esperança faz-nos ser mais e ser melhores, acreditar nas nossas capacidades e lutar pelos objetivos. Diz-se que é um motor porque é uma arma que pode ser utilizada em todas as guerras e que faz parte de cada um, ou seja, nada nem ninguém pode retirá-la ao outro. Exemplificando, os refugiados oriundos de África, que, apesar das dificuldades que enfrentam no país de origem, acreditam na possibilidade de uma vida mais digna noutro lugar. São pessoas que, apesar de não terem nada, possuem esperança, o que os faz sonhar mais alto e arriscar a sua vida.
Por outro lado, esta também pode ser enganadora, uma vez que qualquer meta na vida se alcança através de trabalho árduo e persistente. Na maioria das vezes não basta ter esperança e esperar que aconteça, é necessário fazer por isso. Mas, nem sempre é possível realizar esta “luta”, às vezes é preciso que seja alguém a fazê-la pelo outro e, neste caso, “agarrar-se” à esperança é o único caminho livre. Como exemplo, temos os doentes crónicos que vivem na esperança de se encontrar uma cura. Muitos doentes, apesar de não estar ao seu alcance o desenvolvimento desta, acreditam, na sua possibilidade, têm a esperança de poder viver uma vida mais agradável.
Em suma, a esperança é essencial na vida de qualquer um e é esta que, nos momentos mais difíceis (económica ou emocionalmente), nos faz não baixar os braços e acreditar no alcance dos objetivos.

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