Alice Marques|Um mês, uma eco-escola

Incontornável, a poluição dos mares é tema de estudo e do projeto eco-escola no Jardim de Infância e Escola Básica da Moita. O mote, “Tudo o que não vai para o lixo vai para o mar”, serve de base à confeção dos fatos com que as 57 crianças moitenses desfilarão na praça Stephens, na sede do município, no dia 1 de março. Manga plástica e adornos de plásticos reutilizados ganharão outra dignidade quando forem transformados em peças de vestuário.
Este é um projeto que pretende chamar a atenção para o grave problema da poluição dos mares, onde milhões de toneladas de embalagens e outros objetos de plástico formam ilhas mortais de lixo. Os pais dos meninos aderiram à iniciativa, comprando a manga e colaborando na confeção dos fatos.
Apesar da adesão generalizada às iniciativas de educação ambiental e outros projetos, as professoras do JI/EB da Moita não estão seguras de que isso se traduza em mudanças consistentes de hábitos em casa. Aliás, esta resistência à mudança começa a notar-se à medida que as crianças vão avançando na idade e na escolaridade: “deixam de comer aquilo que aqui os obrigamos a comer, fazem pressão sobre os pais e eles vão cedendo. Vemos isso nos lanches que trazem”, confirma a professora Helena.
Sobre a separação dos lixos e colocação correta nos ecopontos, parece que o objetivo de educar os pais através dos filhos tem sido mais conseguido. Assim parece, se observarmos o ecoponto junto à escola. Mas há lixos que não têm lugar ali. “Os óleos usados, os pequenos e domésticos e as pilhas também mereciam contentores próprios, disponibilizados a toda a população” - dizem-me as professoras. Quanto aos grandes eletrodomésticos e outros grandes objetos em fim de vida útil, estes podem ser entregues na Valorlis. Ou basta telefonar para a Câmara Municipal e os funcionários irão recolher. Afinal, a defesa do ambiente é responsabilidade de todos.

 

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