André Silva


Na atualidade em que vivemos é cada vez mais complicado realizar a escolha mais acertada quando se trata do nosso futuro. Mas devemos ficar quietos ou arriscar?
Com o atual estado da economia em Portugal, é cada vez mais complicado o acesso ao mercado de trabalho, o que leva a que muitos emigrem para poderem ter uma melhor qualidade de vida. Certamente que estes recém emigrados preferiam ter continuado no seu país de origem; no entanto, a crise em que o mesmo se encontra levou-os a arriscar e a abandonar Portugal.
Tomemos como exemplo o elevado número de enfermeiros que, após terminarem o curso, decidem arriscar a sorte em Londres, uma cidade em que os enfermeiros portugueses são quase seres privilegiados mas os mesmos têm noção do risco que correram caso não sejam colocados, também, em Inglaterra.
Não me focando apenas na economia do nosso país, na àrea da ciência é também importante sair da zona de conforto e saber arriscar, pois só assim se consegue avançar no desconhecido. Se a ciência e os investigadores que nela trabalham se conformassem com aquilo, e apenas, com aquilo, que conhecemos, não tomando determinados riscos, não seriam capazes de progredir nas suas pesquisas.
Exemplificando: foi recentemente descoberto, por um grupo de investigadores do Instituto de Medicina Molecular, um gene que se pensa ser responsável pela manifestação da Doença de Parkinson. Se estes investigadores não tivessem interesse, ou seja, se não arriscassem e não tivessem a coragem de avançar na sua pesquisa, nunca teríamos, nós, como Humanidade, conhecimento de que tal gene existia.
Desta forma, concluo que tanto para o nosso bem-estar e para melhorar a nossa qualidade de vida, como para haver progresso a nível humano, é necessário ter coragem para assumir certos riscos, e é com isso que todos nós nos devemos conformar.

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