Susana Graça | Opinião



A memória comporta-se como uma lente de uma câmara escura, uma vez que nos permite memorizar e lembrar de eventos que tenham ocorrido no passado. No entanto, será que esta nos permite sempre construir uma imagem idealizada do mesmo?
Primeiramente, a memória tem um papel fundamental para o nosso crescimento e compreensão. Conseguimos evoluir através do reconhecimento de falhas que tenham ocorrido no passado e tentamos não cometer, novamente, os mesmos erros. Mesmo que apareça de forma vaga, o seu impacto não deixa de ser enorme, pois as lembranças que nos marcam costumam ser, de facto, dos melhores ou piores momentos. Exemplificando, os indivíduos que se encontram presos certamente têm um peso na consciência relativamente às memórias dos problemas que causaram e estas ajudá-los-ão a manterem fixa a ideia de não proceder à realização das mesmas ações.
Em contraste, e tomando a questão inicialmente colocada, as memórias, com o decorrer do tempo, tornam-se vagas e, por vezes, impossíveis de decifrar. É impossível recordarmo-nos de todas as experiências que vivemos e que, frequentemente, desejamos relembrar devido a algo que temos a sensação que foi importante no passado. Por exemplo, as fotografias já permitem um melhor "armazenamento" dos episódios ocorridos, pois reavivam-nos a memória e recordam-nos de momentos já esquecidos.
Concluindo, a memória deve ser tomada com uma "atenção especial", porque pequenos pormenores podem vir a ser cruciais para o nosso futuro, mas também é necessário compreender que, com o passar do tempo, esta se tornará em esquecimento e, muitas vezes, nada a trará de volta.

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