Pedro Pinheiro | Opinião


É um hábito recorrente o ser humano lembrar-se de memórias agradáveis para aumentar a sua auto-estima e não cair em desespero, mesmo que estas não sejam 100% verdadeiras ou evocadas para promover o bem-estar do sujeito. Porém, será mesmo necessário relembrar o passado para evitar uma depressão?
Em primeiro lugar, só se deveria relembrar o passado se for para se aprender com o mesmo; caso contrário, seria como tentar reviver os mortos: é impossível e só causará mais mágoa a quem o tentar. Tendo isto em mente, é bom olhar para o passado, mesmo que tenha sido doloroso, como por exemplo a destruição das Torres Gémeas, memória que permitiu o melhoramento da defesa dos Estados Unidos e que continua a aumentar o patriotismo nacional.
Contudo, facilmente uma memória pertinente se pode tornar irritante ou ilógica perante o sujeito que a relembra. Como exemplo têm-se os vários casos de militares que regressam do campo de batalha para travarem mais lutas contra as suas memórias, lutas que se estendem por um longo período de tempo, podendo ou não levar o sujeito a cometer suicídio por causa do tormento causado por essas mesmas memórias.
Concluindo, a meu ver, a memória tanto pode ter um aspeto construtivo e positivo para a pessoa, como igualmente a pode levar à perfeita ruína. Tanto é possível melhorar, aprender com a tragédia, como sucumbir perante as memórias da mesma. Mas uma coisa é certa, o Homem pode lembrar e relembrar para melhorar, mas não é o único ou o mais eficiente método de o fazer.

 

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