Diogo Heleno |Notícia

O CanSat Portugal é uma iniciativa da ESERO Portugal, uma parceria entre a agênca Ciência Viva e a Agência Espacial Europeia (ESA). De facto, este projeto educativo desafia alunos do ensino secundário de todo o país a projetar e construir um modelo funcional de um pequeno satélite (CanSat) cujos sistemas base (como as antenas, as baterias e os sensores) estejam incluídos no volume equivalente ao de uma lata de refrigerante. É este satélite que terá de ser capaz de sobreviver a um lançamento, feito a partir de um avião, foguete ou balão, durante o qual deverá executar uma missão científica de registo de dados de temperatura, pressão atmosférica e outros, dados estes que serão comunicados via rádio a uma estação terrestre.
Esta competição oferece uma oportunidade de adquirir experiência prática num projeto espacial de pequena escala ao passar por todos os estágios de um projeto desta natureza, incluindo a escolha dos objetivos da missão, a conceção do CanSat, a integração dos componentes, o teste dos sistemas, o financiamento, a preparação do lançamento e a análise dos dados científicos obtidos.
Nesta edição de 2019, a Escola Secundária Eng.º Acácio Calazans Duarte será representada por uma equipa constituída por cinco alunos do 11.º e 12.º anos de escolaridade – Mafalda Pires, Diogo Heleno, André Novo, Duarte Jesus e Pedro Martins –, coordenados ainda pelo Prof.º Rogério Nogueira, e a que se deu o nome de CalazansSat. De facto, apesar de uma equipa da ESEACD ter participado neste mesmo projeto e ter atingido a fase nacional do mesmo na edição de 2018 – realizado em abril do ano passado na ilha açoriana de Sta. Maria –, apresenta-se agora a CalazansSat como nova participante e que procura atingir da melhor forma todos os objetivos por si gizados, contando para isso com uma parceria com o Instituto Politécnico de Leiria (IST) e o Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado de Produto (CDRSP), bem como a colaboração de outras empresas da cidade da Marinha Grande, das quais se destacam a Planimolde, o Grupo Iberomoldes, a Micronsense e a Digimold.
Até data, foram realizados testes do sistema de recuperação do CanSat, sujeitando-o a velocidades de 30 e 40 km/h para o estudo do seu comportamento e a testes de tração, bem como testes de antenas e receção de sinal em câmara anecoica e testes de eletrónica e software.
Os itens de avaliação necessários à seleção das equipas para a fase final do CanSat Portugal vão ainda ser enviados até dia 11 deste mês, pelo que os últimos pormenores estão ainda a ser estudados, como a especificidade da missão secundária e o seu objetivo.
Por fim, há que agradecer ao IPL pela visita que nos disponibilizou ao CDRSP - polo na Zona Industrial da Marinha Grande - e, em especial, ao Prof.º do IST Rafael Ferreira da Silva Caldeirinha, membro também do Instituto de Telecomunicações, responsável pelo grupo de antenas e propagação e investigador na área das telecomunicações, por todo o apoio e atenção, bem como a todas as empresas patrocinadores deste projeto.

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